JORRA

Amanhecerei, sim, à envelhecer-me.

Mas, todos envelhecem e seguem, porque tudo acaba. Tudo passa...

Eu passo e escrevo esperanças em sonhos...

Eu passo em possibilidades sem plenitudes de ser.

Eu, até me perder do existir...

Hoje passo, não como um rio que passa e continua desde que é, mas como um acaso de poço no sertão, perfurado em plena seca, cuja água jorra sorrisos mas, logo vai secar.