Adeus.

E  te  mato  dentro de mim,  por todos os dias que esperei,  por todas as noites que chorei,  por todas as lembranças que me negou,  todos os sorrisos que perdi,  todas os traumas que me deixou,  por todo esse vazio que sempre viveu em mim,  te mato  porque preciso viver,  preciso seguir,  preciso pegar aquela menina pela mão e tira-la do quarto escuro que vc a deixou,  leva-la pra ver o sol e sorrir,  já é  tempo de fazê-la viver,  correr,  brincar,  libertar-se de ti,  das amarras que tua ausência causou,  do choro na noite fria,  das lágrimas que nunca enxugou...  vou pra não mais voltar e nem olhar pra trás,  mas  com um coração leve,  com a certeza que fui capaz de ama-lo mesmo quando não me amou,  fui capaz de quere-lo por todos esses anos,  na esperança que em ti havia o mesmo amor que sempre existiu em mim.

Parto não triste,  mas  com o sensação  de dever cumprido,  de ter dado o melhor de mim para ti que nunca quis receber.

Meu pai

Maria Trevisan
Enviado por Maria Trevisan em 22/07/2017
Código do texto: T6061396
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