Poeira


 
Tempo sem poesia.
O que supostamente poderia surpreender,
Seria mais importante do que a realidade?
Há espectativas que precisam morrer.
Certamente do passado, nada mais existia,
era como uma poesia escrita no vento,
foi-se sob o próprio efeito,
vazia retornou ao nada que era.

Poesia fria, largada em qualquer lugar,
Chegou e partiu sorrindo,
Era fogo e numa tempestade se apagou.
Tempo e poesia, fragmentos de pensamentos expirados.
Cuja época se fez esquecida.

Alma que se identifica com fantasmas rondando
sem pretensão ou mais sensibilidade,
Poeira, poeira, tempo sem poesia.
Estranha vontade, sem saciar uma existência.


Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 12/07/2017
Código do texto: T6052936
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