Baleia Azul

Eu penso e falo sempre com propriedade das minhas experiências subjetivas.

Das experiências do outro, eu só posso dizer o que me cabe, dentro da observação impartidária, sem juízos e sem intromissão. Até porque, se não me pedirem razão da minha opinião acerca do que observo no outro, eu deveria mais era ficar calado com relação à coisas que não me dizem respeito.

Quando eu vivi meus dilemas da adolescência há tempos atrás, nem tanto tempo assim, eu também tive minhas fraquezas, meus deslizes, minhas angústias, varias, por sinal e muitas respostas obtive na busca interior, na atenção diferenciada de um amigo verdadeiro, que se importava mesmo comigo, no carinho e cuidado de meus pais e de líderes da religião em que fui educado, nas consciências que obtive ao observar leituras, musicas, filmes e outras filosofias artísticas para as quais sempre estive atento. O que não quer dizer que hoje conviva sem mazelas, mas as que mais poderiam me prejudicar, me vi livre delas.

Sobre as mazelas da sociedade atual, com relação aos infortúnios últimos, vividos pelos jovens e adolescentes desta geração, eu posso ponderar dizendo o seguinte:

Somos todos cientistas observadores e experimentadores de todas as nossas relações, enquanto pais, filhos, irmãos, profissionais, cidadãos, e ademais no que tange às nossas responsabilidades no trato com o outro. Paratanto, que pais temos sido nesta geração fastfood? Que filhos somos nesta contemporaneidade desrespeitosa? Que irmãos havemos de continuar sendo nesta época de tanto egoísmo? Que profissionais seremos neste contexto de tamanha ganância? Que tipo de cidadãos poderemos nos tornar mediante ao caos ideológico-politico dos últimos dias? Depende de cada um com sua força, fé e foco, como dizem empiricamente acerca de possíveis soluções para nosso caos.

Por fim, não é a internet, um objeto inanimado, a culpada dos suicídios recentes envolvendo crianças e jogos de nossa frustrada sociedade. Ainda menos seria culpa da mídia como um todo ou das ideologias educacionais conspiracionais. A culpa é, penso, subjetiva. Se eu, enquanto indivíduo, não começar a olhar para o que eu experimento enquanto cidadão ético e mudar meus maus costumes em tempo de colaborar, com o mínimo que seja, para reverter esta moral social, ei de presenciar o maior extermínio de vidas, reféns de outras pobres vidas tão doentes quanto as que as dão créditos em busca de aventuras ou fuga para seus medos ou meras curiosidades.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 22/04/2017
Reeditado em 22/04/2017
Código do texto: T5978079
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