"Deus é amor, mas também é justiça", eles disseram

Após ler a frase acima (que parecia ter o objetivo de ser impactante), me chamou a atenção o quão redundante ela soava para mim naquele momento, pensar assim me levou a questionar quão distorcido costuma ser o nosso conceito de amor. Criou-se uma resistência enorme ligada a essa palavra, tão repetida e diminuída nos tempos atuais. O amor se tornou símbolo de fraqueza, bajulação e (consequentemente) "dor de cabeça", quando seu real sentido é justamente o contrário.

O que se pensa primeiro ao ouvir falar em amor? Romance? Ora, se assim fosse, levantar bandeiras em favor do amor, não seria prioridade, não seria tão essencial quanto Jesus Cristo enfatizou em seus ensinamentos. De igual modo, não faz sentido fazer acréscimos de severidade ao que é justiça, pois ela em si já é manifestação de equilíbrio.

Amor não é algo que promove conforto a qualquer custo, não é oferta de alegria constante, é acolhimento, paciência, generosidade, mas também é força, bom senso e verdade. Não existe amor e justiça, pois a justiça está incluída no amor, que é fusão de tudo que promove o bem e a honestidade para consigo e/ou para com o semelhante. Sendo assim, a justiça sem amor é incompleta e amor sem justiça, pode ser qualquer coisa, menos amor.