Aquém do Concreto
Esperei algo especial de alguém, mas aquém estendeu-me a mão...
Talvez nunca soubesse como agir comigo, das horas que precisava de seu colo e atenção.
Na minha aproximação esperava certas coisas que não pareciam tão importantes, pois eram simples e é na simplicidade que me encontro e começo a caminhar novamente.
A ansiedade me maltrata! De um encontro, dia ou uma resposta!
Alguns princípios foram-se com as águas da ultima enxurrada nesta metrópole.
Existe um certo descontrole no meu ser, isto me faz uma pessoa reprovada nos corredores do amor.
Não posso amar se não me amo!
O meu pedaço de pão esta exposto e as formigas se banqueteiam, mas os formigueiros estão abaixo de mim.
Contudo que sou era melhor não ser nada e talvez nem existir, mas sou alguma coisa para aquém...
Aquém se tornou alguém especial na minha vida que confesso dolos sem cerimônia, sobrevivo por causa de aquém.
Lágrimas pingam entre os dedos, gostaria de compor uma sinfonia maravilhosa exaltando tão lindo ser!
Me vesti de tristeza e luto convidando o inesperado para o café, quem saberá não escreva o meu final?... Ou me dirá alguma outra notícia?...
Ainda tenho um pouco de mim, pequena porção de açucar embrulhado com a sua fotografia.
Vou me privar, recolher-me nos meus aposentos e sob uma luz de vela refletir o mar de tristezas navegado e os arremessos de náufragos ao léu.

Mas não era eu... O era e sabia as conseqüências... Melhor não ter existido.
Sempre precisarei de Aquém!

“Se alguém gerar cem filhos e viver muitos anos, até avançada idade, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é mais feliz do que ele”.
Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 09/09/2015
Reeditado em 10/09/2015
Código do texto: T5376045
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.