O Tolo
 
O tolo olha para o imenso céu, participa das dádivas da terra, banha-se nas praias do mar, percebe a transformação do ventre de sua mulher e assiste o nascimento de seus filhos, mas a sua lingua afirma: "Tudo isto é obra do acaso".
Entende que pela força das águas a energia é criada e que corre pelos fios de cobre até a sua residência, porém ele não há vê mas sabe que ela existe.
Sabe dos microorganismos os assiste pelo microscópio, seus pensamentos também são invisíveis, e o movem à realizações daquilo que ainda não existe, e ele continua dizendo: "Não existe Criador tudo é uma mera coincidência".
Ele vive pela matéria e morre por ela, não entende que ela é uma cópia daquilo que não vemos, ele não deixa vestígios nem eterniza seu caminho além...
Para ele a morte é o final de tudo, abstêm-se de participar da parte mais importante de sua existência, o conhecimento oculto da sabedoria.
Suas interrogativas assustam os que acreditam o melhor é não manifestar-se, sucumbe na sua falta de coragem, não sai da sua zona de conforto e tenta convencer a outros, os bloqueios de sua mente merecem atenção necessária e a paciência do sábio deve ser exercitada.
O sábio aprende com todas as coisas e o tolo apenas faz sua passagem desprovido de bagagem.
Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 03/11/2013
Reeditado em 06/11/2013
Código do texto: T4555242
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