TEACHER VI - FAMÍLIA REUNIDA - CAP. 8

FAMÍLIA REUNIDA – Capítulo 8

E Laura arrumou-se para o baile como havia planejado.

Rupert, já vestido num terno preto, olhava para ela se arrumando diante do espelho, dentro de um vestido de lamé marinho feito especialmente para ela e sua barriguinha de quase oito meses. Deu os retoques finais nos cabelos e virou-se para ele, sentando na cama.

- Como é que eu estou?

- Se eu disser que está horrorosa, você fica em casa?

Ela sorriu e balançou a cabeça negando.

- Você está um tesão. Mais um pouco e quem não vai a esse baile sou eu.

Laura riu.

- Mentiroso! Diga só que eu estou bonita e eu acredito!

- Laura, fica! – ele pediu, levantando-se e se aproximando dela.

- Rupert! – ela gemeu, ajeitando mais uma vez o colarinho dele.

A campainha tocou e ele foi atender. Era Hélio que também ia ao baile com eles.

- Oi, doutor, entra. Não consegui tirar essa ideia maluca da cabeça dela.

- Oi, Hélio! – Laura falou, aparecendo na sala.

- Uau! Você está linda, garota, disse o médico. – Você não acha melhor ficar e jantar comigo aqui, a dois, luz de velas, enquanto seu marido vai ao baile e paquera outras mais esbeltas do que você?

- Não... É um convite tentador o seu, mas eu vou a esse baile. Pode ser o meu último.

- Laura! – Rupert exclamou, zangado.

- Brincadeirinha, amor! Vamos, cavalheiros?

No salão, não houve quem não viesse cumprimentar Laura e dizer da saudade que tinham dela como professora. O carinho que tinham por ela, estava no rosto de cada ex-aluno e Rupert sentia orgulho e ciúmes ao mesmo tempo, tudo isso em silêncio. Depois de muitos beijinhos, ele conseguiu levá-la para a mesa e fazê-la sentar com Hélio que teve que prometer a ele que nunca sairia de perto dela.

- E você, senhora Lauter, não saia daqui nem pra ir no banheiro sem ele, está ouvindo?

- Machista! – ela disse, fingindo zanga.

- Não é machismo, é desespero mesmo, ele disse, rindo e beijando-a. – Vou procurar o pessoal. Hélio, por favor, controla essa mulher!

Ele afastou-se. Laura ficou olhando para ele de longe e Hélio notou seus olhos brilhantes.

- Nunca te vi tão feliz, Laura. Desde que o César morreu, nunca mais vi seus olhos brilharem assim por ninguém.

Ela sorriu.

- E você achava que eu não deveria vir a esse baile...

- Tanto ele quanto eu estamos preocupados com a sua saúde... sua e do bebê.

- Estou ótima.

- Eu sei. Nota-se.

Rupert foi buscar Décio, Luíza e o afilhado, agora com um ano e seis meses e já andando, Nelson, Sara e Tereza. Ele veio puxando a amiga pela mão e a colocou sentada ao lado de Laura. Rupert ergueu o afilhado no colo e disse:

- Família reunida!

- Deixa eu segurar ele, Rupert? – Laura pediu.

- De jeito nenhum! Adoro esse garotão, mas é muito quilo em cima do meu filhotinho que ainda nem nasceu. Fique quietinha aí, porque eu sei que ele não fica, não é, Bob?

- Chão! – o menino disse reclamando, querendo descer do colo dele.

- Não falei?

Todos riram.

Começou a tocar uma música lenta e Nelson pediu licença a todos e pegou Sara pela mão, levando-a para dançar.

- Estão namorando? – Laura perguntou.

- Desde o enterro do papai, falou Rupert.

- Eles formam um casal muito bonitinho.

- Como nós, não é, bem? – falou Décio a Luíza. – Rupert...

- Já sei, cuida do Bob pra gente dançar...

- Só um pouquinho, compadre.

- Tá, some daqui!

Décio e Luíza foram para a pista. Rupert sentou-se ao lado de Tereza com o garotinho no colo.

- Por que vocês não vão também? – Laura propôs aos dois.

- E quem olha o Bob?

- Eu!

- Ô, mulher teimosa… Laura, esse moleque é um faisquinha! É melhor não. A gente tem o baile todo, não é, Tê? Quando os pais dele voltarem, a gente vai.

- Eu também não estou a fim agora, Laura, disse Tereza, pegando Bob no colo. – Queria só beber alguma coisa...

- Isso dá pra arranjar. Vem comigo, Hélio. Também não quero que você enferruje aí sentado, cuidando da Laura. Tê, cuida dela pra mim.

O médico sorriu e foi com ele providenciar as bebidas.

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Welcome to my dreams...

CAPÍTULO 8

Velucy
Enviado por Velucy em 15/11/2017
Código do texto: T6172722
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