TEACHER VI - VITÓRIA DO AMOR - CAP. 4

VITÓRIA DO AMOR – Capítulo 4

O ar voltou a circular pelos pulmões de Rupert normalmente depois de ouvir a decisão do reitor.

- Isso é sério? Eu vou poder... continuar estudando aqui?

- Mas vai ter que me prometer uma coisa.

- Prometer? O que, professor?

Dário apontou o indicador em riste bem perto do rosto dele.

- Não matricule seu filho nessa faculdade, está ouvindo? Se você fizer isso, e se eu estiver vivo e ainda trabalhando aqui, vou fazer questão de negá-la, não duvide disso! Reze pra que eu me aposente logo porque, pelo meu diploma, é isso que eu vou fazer!

Rupert riu e ergueu-se.

- Infelizmente ou... felizmente, não sei, não vou poder lhe garantir isso, professor. O homem que me colocou aqui sabia o que estava fazendo e acho... que ele já imaginava que eu fosse lhe dar trabalho. Espero que meu filho seja tão teimoso quanto eu, quando crescer, e eu sei que ele vai ser inteligente como a mãe... e eu vou matriculá-lo aqui, se ele quiser... e se a Universidade ainda existir...

Dário desmanchou a cara feia e sorriu, batendo no ombro dele.

- Você tem fibra como poucos, rapaz. Seja feliz e faça a Laura feliz. Ela vale ouro.

- Eu sei... Pode apostar que eu vou fazer isso.

A porta se abriu e Laura entrou por ela. Os três olharam para ela.

- Me desculpe ter entrado assim, reitor, mas eu não aguentava mais de ansiedade. Não consegui mais ficar em casa esperando sua decisão...

Rupert foi até ela e a abraçou, feliz.

- Está tudo bem agora, ele falou. – O professor Dário me autorizou a continuar o curso até o fim.

Ela o abraçou também, muito aliviada.

- O professor Gerson também tem uma parcela de culpa nisso, profesora. Ele me encheu os ouvidos defendendo vocês dois.

Laura se aproximou dos professores.

- Nem sei como agradecer…

Dário segurou sua mão e ficou sério, fingindo zanga.

- Você também merece um pito, professora, mas não vai ficar bem se eu fizer isso na frente do seu filho. Volte no ano que vem e nós conversaremos.

Laura o abraçou.

- Com certeza.

- Agora saiam daqui que eu tenho que trabalhar. Pensa que é só seu marido que me dá trabalho?

Os três saíram da sala. Fora, Rupert apertou a mão de Gerson.

- Obrigado por tudo, Gerson. Eu sei que deve ter sido bem difícil pra você conseguir dobrá-lo.

- Não foi nada. Ele não é tão ruim assim. Foi só explicar com calma e com os detalhes mais relevantes e não ficou difícil pra ele decidir. Ele não é um monstro, só não contem isso pra ninguém. A clientela dele lá fora não pode saber disso.

Rupert e Laura riram. Gerson olhou para ela.

- Você está linda, Laura. Pena que não vamos poder ver você circulando pelos corredores da faculdade e exibindo essa barriguinha tão cheia de histórias. Quem sabe não faria o pessoal pensar mais em amor e casamento sério e menos em... transas inconsequentes!

Os dois riram.

- Agora, acho melhor vocês irem dar a notícia ao Quarto ano antes que eles raptem a professora Carla como refém.

- Nossa, é mesmo! – disse Rupert, lembrando-se dos colegas que tinham ficado na sala esperando pelo desfecho dos acontecimentos.

Quando os dois entraram na sala de mãos dadas, todos estavam ainda na mesma posição e no mesmo silêncio.

Carla estava sentada à mesa e esperava com eles. Ficou surpresa e feliz em ver Laura entrar com Rupert. Aproximou-se dela e a abraçou.

Todos os olhares se voltaram para o casal. Túlio levantou-se.

- E aí, Rupert? Tudo bem?

- Tudo… mais do que bem, ele respondeu. – Sinto muito, mas... vocês ainda vão ter muito que ralar pra conseguir sair dessa faculdade com um diploma.

A gritaria foi geral e a animação continuou por todo o segundo módulo, com a presença dos outros dois professores que deram atividades bem leves, já que ninguém conseguia parar de falar no caso de tão excitados por sua conquista. Eles tinham sido também decisivos em tudo que havia acontecido.

Rupert tinha ido embora com Laura que ficou cansada por toda expectativa de esperar pela resposta de Dário.

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Welcome to my dreams...

CAPITULO 4

Velucy
Enviado por Velucy em 14/11/2017
Código do texto: T6171287
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