Margarida

MARGARIDA.

Um argumento de: Marcelo Junior Maia e Silva.

Capítulo 01

Apresentando: Maria Margarida Lima.

Breve Sinopse: Aos seus 39 anos casada e com quatro filhos do marido anterior.

Moradora do bairro Vila Carrão, situado na zona leste de São Paulo, trabalha em uma clínica de estética no bairro de Santo Amaro, auxiliar de limpeza e percebendo um pouco mais que um salário mínimo, saí de casa as 04h da madrugada para conquistar o pão pros seus filhos. Caik, Lina, André e Anderson.

No serviço Margarida, como era chamada pelos amigos sempre foi bem elogiada. Trabalha no horário da manhã e nunca deixa de fazer suas tarefas, suas amigas Regina e Bá, sempre estão ao seu lado, e sabia dos problemas que sua amiga estava enfrentando.

Bá- E aí Marga, como está os problemas em sua casa?

Margarida – Do mesmo jeito, até pior. Eu só queria paz, mas o infeliz cismou que ficará em casa.

Regina – Olha minha amiga, vou ser bem sincera, homem igual seu marido não presta, se eu fosse você ou teria matado esse desgraçado, ou iria na polícia. Que vida de cão é essa? E você aceita um traste desse.

Margarida – As vezes são as escolhas que fazer. Hoje devo arcar com as consequências. Mas esquece o Dário meninas, vamos limpar, vamos trabalhar, afinal acordamos as quatro da manhã pra isso, trabalhar.

Bá – Juro que não quero me meter em sua vida, mas toma cuidado minha amiga. É conselho de amiga. É de coração mesmo.

Margarida – Eu entendo vocês, mas meu marido está melhorando, ele foi atrás de emprego hoje meninas, eu até dei o dinheiro para ele. Acredito no Dário, tudo vai mudar.

Regina – Deus lhe ouça.

Margarida – Vai sim. Eu tenho fé.

Bá – Desculpa o comentário mulher, mais fé é pouco quando se trata daquele safado covarde.

Regina – Eu sou obrigada a concordar, você está errada, mas se prefere assim.

Margarida- Gente [...] Não é questão de preferência.

Bá – Amiga, é isso que não entendemos. Qual é o seu problema, o que te prende a esse marginal, o cara é doente.

Regina – Isso não pode ser amor. Ele é doente, você sabe disso.

Margarida – Ele jurou que iria atrás de um bom emprego hoje.

Regina – E você acreditou?

Bá – E vai acreditar até quando? Porque sabemos que esse safado suga seu dinheiro pra usar drogas, e se esfregar com meia dúzia de vadias por ai. Toma seu rumo.

Margarida – Amigas, sei que vocês querem me ajudar, eu aceito, toda ajuda será bem vinda. Porém vocês estão colocando pressão. Então vamos esquecer meu marido, esquece o Dário.

Bá- Ok amiga. Perdão.

Regina – Vamos esquecer ele.

Horas depois ... As meninas estão se ajeitando para voltar a suas casas, sabem que irão pegar ônibus e trem, mas a alegria prevalece.

Dentro do trem cheio, às. 20 horas, uma muvuca, falação. As amigas conversam, até que Regina começa a se sentir assediada e comenta.

Regina – sussurrando - Marga, tem um rapaz atrás se esfregando em mim.

Margarida – Saí daí, não deixa ele se esfregar. – Sussurrando.

Bá- O que está havendo? Estão. Só nos comentários. Divide comigo!

Regina – assustada e furiosa -Não há nada. Esquece.

Margarida – Jamais, vou falar Bá, o rapaz que está atrás dela, está se esfregando nela.

Bá- Oi? – reação instantânea- Ele ficou louco. – Começa a gritar dentro do trem- Tarado, tem um safado se esfregando em minha amiga. Socorro.

Todos dentro do trem se assustaram, mas logo começou uma gritaria, os rapazes que naquele vagão estavão foram para cima do homem que estava iniciando um estupro em Regina. Começou a bateção de boca entrega os rapazes. Logo via- se socos e pontapé.

Ao chegar em casa Margarida, sentou-se no sofá, pediu a deus um resto de noite em paz, percebeu que seus filhos não estavam em casa, porém não se assustou pois o padrasto deles também não estava, então imaginou que estariam todos juntos, ou até mesmo comemorando o emprego novo de seu atual marido, quando seu celular toca.

Celular tocando. Margarida atende e coloca no viva voz.

Margarida – Alô, oi Regina, como você está?

Regina – Eu estou bem sim. E você como está? Já chegou em casa.

Regina – Olha pra ser bem sincera, me sinto ferida, mas foi feito a justiça. Aquele lixo pagou com sua atitude, levou uma surra, jamais ira se esquecer.

Margarida – Esse mundo está perdido, o rapaz é novinho e fez isso com você.

Regina – Pois é, tenho idade para ser a mãe daquele bostinha. Mas falando em perdido, acabei de ver Dário passando por aqui acompanhado com um rapaz e duas moças. Sinceramente eu nunca há vi.

Margarida – Mas ele está com meus filhos. Ou não?

Regina – Sinceramente. Não.

Margarida – Onde você viu o Dário?

Regina – Sentido a última rua amiga. Não quero levar fama de fofoqueira mas, ele parecia bêbado. Procure seu marido amiga.

Margarida – Obrigado pela notícia, vou atrás desse traste.

Regina- Vá com deus – Qualquer coisa, me liga. Ok?

Margarida – Beleza. Beijos até amanhã. – Desliga o telefone.

Margarida sai no portão, e pensa muito antes de ir atrás de Dário, pois sabe que pode encontra-lo bêbado em qualquer bar do bairro, mesmo contra sua opinião decide ir atrás pois sabe que apesar se tudo, ele continua sendo seu marido.

Então Margarida saiu atrás de Dário, começou a passar nos bateres do bairro, alguns já fechados devido o horário, cansada do dia que passou. Lembra que havia um bar em que seu marido frequentava quando a conheceu, o famoso bar da Loira, um bar conhecido no bairro como risca faca. Naquele momento Margarida, pensou em desistir. Mas o que lhe deu forças foi os filhos, pois não sabiam aonde eles estavam e queria descobrir. Continuou a andar nas ruas desertas do bairro, mesmo sabendo o perigo que estava correndo.

Margarida – Meu deus que perigo, sozinha na rua essas horas. – falando sozinha.

Margarida continuou a andar, porém rápido, ansiosa e com medo, estava havendo ondas de assaltos no bairro, isso deixava os moradores em alerta.

Mas nada iria fazer com que Margarida desistisse, nem a forte chuva que começou a cair.

Entrando em um beco, uma rua estreita, longa, ela começa a correr, pois a fama do bairro estava assustadora, e sabia que ali sairia na rua do famoso bar, e realmente saiu. Enfrente ao bar Margarida vê Jão, amigo de Dário.

Margarida – ofegante e raivosa – Jão, cadê Dário?

Jão – bêbado e alterado – Ele tava aqui agorinha. Mas vem aqui mulher bora tuma uma cá gente.

Margarida, observa a situação do rapaz, que não conseguia fixar em pé, mas estava com o copo na mão.

Margarida- Ele está lá dentro?

Jão- Ele quem ? – sorrindo.

Margarida- O seu amiguinho Jão, o Dário. E meus filhos voce viu.

Jão – Ahhh, o Dário, ele passou aqui mulher, tava com sua rabudas. Pedi uma, mas ele disse assim. Não, são minhas.

Margarida – Safado, e pra onde esse trate foi Jão, diz logo rapaz.

Jão – Pergunta lá pra Loira, ela sempre sabe de tudo. E se quiser beber uma tamo ai viu flor.

Margarida – nervosa – Me respeita rapaz, se acha que sou essas vagabundas. Me respeita.

Jão – Vagabunda? – começa a rir alto – Se é chifruda isso sim.

Todos na roda onde Jão está começam a rir de Margarida, que adentra o bar furiosa.

Margarida- no balcão do bar – Loira, cadê meu marido.

Loira – Olha quem apareceu. Como vai barraqueira?

Margarida- Loira, por favor, cadê meu marido, meus filhos.

Loira – O vagabundo do Dário está aqui no bar, agora seus filhos gata você que tem que saber né.

Margarida – Cadê o traste do Dário? E

Continua nos próximos capítulos.

Marcelo Júnior Maia e Silva
Enviado por Marcelo Júnior Maia e Silva em 10/07/2017
Código do texto: T6050637
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.