FRACKING: A EXPLOSÃO DAS USINAS NUCLEARES ANGRA 1,2 E 3.

1. O CENÁRIO DO CAOS:

A presente tragédia "acontecerá" na cidade de Angra dos Reis, no extremo sul do litoral do Estado do Rio de Janeiro, na qual estão localizadas três usinas nucleares do Brasil. O ano é de 2025.

A beleza de Angra dos Reis, ao amanhecer e ao anoitecer, é digna de um quadro pintado por um expressionista: incrivelmente coloridos são os dois momentos!

As usinas nucleares aquecem água com o calor que vem da radiação do urânio enriquecido, onde o vapor percorre as turbinas. Os raios gamas agitam emanados do núcleo instável dos átomos de urânio agitam as moléculas de H2O (criando vapor e alta pressão).

O Brasil produz urânio na Bahia e Minas Gerais "que ainda estão com minas ativas": ano de 2025.

Um subproduto da atividade radioativa do urânio é o plutônio, o qual é matéria-prima das bombas nucleares (que o Brasil passou a construir secretamente).

A região de Angra dos Reis é uma área do Oceano Atlântico com águas calmas, quentes e com várias ilhas que dão um ar de paraíso ao local, na Costa Verde. O nome deve-se à cor do mar, que parece esmeralda.

Em terra há uma exuberante Mata Atlântica, entrecortada pela ocupação urbana, estaleiros e marinas com iates, que vão até a cidade de Parati, na fronteira com o Estado de São Paulo, margeada pela BR 101 (a estrada de Santos).

O Brasil é uma ditadura militar novamente, pois a democracia terminou numa Guerra Civil, no ano de 2018. Lula morre preso e escreve uma carta, no tom de Getúlio Vargas, conclamando seus seguidores para uma revolução. Os EUA ajudam os militares brasileiros a conterem os focos de revolta, pois a Rússia, que já havia dominado a Venezuela, ambicionava controlar o Brasil.

Fala-se já nas usinas de Angra 4 e 5, pois a falta de chuvas na região Norte, devido ao desmatamento da Amazônia, criou uma profunda crise nos reservatórios do sistema Eletrobrás.

Alguns Estados da federação não aceitaram o aumento dos tributos e também começaram processos de secessão, situação que obrigou pulso firme dos militares brasileiros e da CIA (a central de inteligência ianque).

2. O PROTAGONISTA:

Marcelo Lelis, nosso protagonista, é um geólogo que faz doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na área de Física Nuclear. Sua esposa e também geóloga é Ana Maria, doutoranda também.

Ambos trabalham em navios sondas da Petrobrás, que foi comprada em 2019 pela Texaco dos Estados Unidos, depois de um período de crise e pedido de concordata que a levaram ao sucateamento de plataformas, atrasos de salário e perda de valor na bolsa.

Marcelo e Ana Maria estão um dia num destes navios, em alto mar, realizando pesquisas para descoberta de novos poços para a Texaco dos EUA - já que os brasileiros tornaram-se experts em petróleo em águas profundas.

Estão cercados de computadores e sismógrafos numa sala dentro da embarcação, destinada ao trabalho dos cientistas. Possuem também robôs que fazem filmagens profundas, nas quais nenhum ser humano conseguiria chegar (7 a 12 mil metros de profundidade).

Foi quando Marcelo fala para sua esposa:

- Ana. Eu tenho notado alguns abalos sísmicos a mil metros de profundidade aqui na Bacia de Campos. Você percebeu? Coisa entre 7 a 10 graus na escala.

Ana:

- Amor, eu vi, mas nada acima de 3 graus na escala.

Marcelo:

- Eu sei, mas é que há vazios que foram deixados pela sucção de petróleo na região da Bacia de Campos e eu temo que possam ocorrer desabamentos. Há gases inflamáveis dentro destas fendas.

Ana:

- Sim, mas a empresa não está colocando concreto nestas fendas?

Marcelo:

- O concreto não é o suficiente, pois há resíduos de vapor de gás inflamável que podem brotar no leito marinho, dada a alta pressão. Eu temo uma explosão espontânea por causa dos gases a alta pressão e fricções das rochas.

Ana:

- Marcelo, precisamos de mais estudos para afirmarmos isso. O que podemos fazer?

Marcelo:

- Chegando no continente, vou pegar os mapas do terreno oceânico e fazer um acompanhamento por meio de fotografias.

3. A TRAGÉDIA ANUNCIADA:

Marcelo Lelis, nosso protagonista, como já dissemos, faz doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. A UFRJ tem um grande rol de cientistas que foram fundamentais na construção do projeto de energia nuclear brasileiro, com ampla cooperação alemã nos anos 70 do século passado.

Seu orientador era um deles: o Físico Bartolomeu Dias, um especialista em Física Nuclear.

Bartolomeu foi, nos anos 70, um dos consultores do projeto nuclear brasileiro, no qual os militares queriam, além das usinas, fazer submarinos e a bomba atômica com medo que os argentinos ou os venezuelanos fizessem.

O projeto da bomba atômica foi arquivado, no Governo Fernando Collor, no começo dos anos 90.

Após trabalhar alguns dias na Bacia de Campos, no Litoral norte fluminense, Marcelo reúne-se com seu orientador no Departamento de Geofísica, levando cartografia e fitas com registros sonoros:

- Bom dia, Professor Bartolomeu, como vai o senhor?

- Bom dia, Marcelo, e ai? Como andam as pesquisas da sua tese?

- Professor, numa dessas minhas investigações notei alguns dados sonoros e de sismógrafo que me chamaram atenção lá na Bacia de Campos e na área próxima ao Pré-sal. Eu coletei tudo do navio sonda da empresa de petróleo que eu trabalho. Minha tarefa é auxiliar na prospecção...eu faço mais a parte de coleta sismológica.

- Qual Marcelo são esses dados, você tá me deixando preocupado?

- Professor, o senhor sabe o que é um “fracking”?

- Sim. Trata-se de fendas na crosta terrestre ocupada por gases inflamáveis que podem explodir na superfície. Sei sim, mas aonde você quer chegar?

- Professor, acho que na Bacia de Campos pode estar acontecendo “fracking”. Meus dados apontam uma suspeita. Tenho notado movimento de rochas, na forma de desabamentos pequenos ainda. Mas o Campo de Tupi tem uma fenda do tamanho do Pão de Açúcar. Um vazio entre as rochas, provocada pela ausência de petróleo.

- Mas de que proporções, Marcelo?

- Penso que ele seria capaz de provocar um terremoto de 9 graus na costa fluminense. Isso poderia causar um tsunami em boa parte do litoral do Brasil. O Rio seria mais atingido. Se essa fenda fosse preenchida por fragmento de rochas ela transmitiria energia para um maremoto.

- Mas e as usinas nucleares de Angra dos Reis? Tem algum risco? O projeto previa até impacto de uma onda, mas não sei de qual proporção, pois preciso ver o projeto novamente.

- Professor, seria uma tragédia. Precisamos conversar com as autoridades de Defesa Civil. Eu preciso ir a Brasília para conversar com o Presidente, o General Carneiro.

- Mas você tem dados para isso mesmo, Marcelo?

LUCIANO DI MEDHEYROS
Enviado por LUCIANO DI MEDHEYROS em 09/05/2017
Reeditado em 11/04/2020
Código do texto: T5994237
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