As Cadelas da SS . 12

- Parem com essa choradeira ! - gritou o major Holmes chegando de

imediato e sacando da pistola - não quero ver ninguém chorando ! - e se dirige

até Freyja e coloca a arma na cabeça dela - parem ou eu a mato aqui e agora !

De um salto, Freyja o desarma e se joga no chão atirando na cabeça dele .

- Heil ! - gritou ela derrubando dois outros soldados - porcos....- Não completa

pois, acertam ela com uma rajada. E a feição dela é de satisfação. Nenhum medo.

Soldados chegam cercando tudo e todas nós. Estão prontos para disparar .

- Quê porcaria arrumaram aqui ? - perguntou um coronel chegando .

- Houve reação de uma delas , coronel Ivanov .

- Por quê não aproveitaram para matar todas ? - e saca da pistola e atira na cabeça

de Ertha . Ela cai sem vida e ele solta uma gargalhada sarcástica - viram só ?!?!

Fico chocada com o que vi mas, tento me manter calma. E fico olhando os solda

dos rindo do ocorrido e começam a se dispersarem. Vejo que uma pistola fica cai

da no chão e olho para Nina Hübner que faz menção de pegá-la. Balanço a cabeça

negativamente e ela me obedece. E ficamos ali paralisadas.

- levem todas para outro lugar ! Não as quero aqui enfrentando meus homens !-

Disse o coronel Ivanov ao se retirar. E nós somos levadas para um campo aberto

onde há outros prisioneiros. Estes são militares e fazem serviço de limpeza do

terreno. Retiram destroços de aviões abatidos.

- Vou conduzí-las para Buchenwald ! - disse o coronel Ivanov sorrindo - Vamos

partir imediatamente. E coloquem ração para elas no caminhão !

E assim somos conduzidas para um caminhão militar onde jogam pães velho e

nos dão água. Embarcam os e comemos o pão co queijo que arrumaram. Parecem

um pouco cordiais. E ao nosso lado seguem alguns soldados bem armados e pron

tos para reagirem. Eles nos olham uma-a-uma e ficam rindo .

- Vadias imundas ! - disse um soldado em alemão fluente. Depois eles conversam

em russo entre eles . Vez ou outra gargalham escandalosamente .

Viajamos caladas por horas . E ao fim do dia 2/6/45, chegamos em

Buchenwald. Vejo muitos prisioneiros encostados em cercas, apesar de ser de

noite. E nós somos levadas para um local reservado e passamos por uma avali

ação médica e depois nos jogam roupas velhas. Nos vestimos e depois recebe

mos uma sopa de legumes que não parece boa. Mas estou com muita fome e

como assim mesmo . Como a comida como se fosse a última refeição . E minhas

amigas fazem o mesmo . Lili parece tão faminta que lambe sua tigela. Lili fica

rindo ao ver aquilo. Marija come e fica olhando para os homens na outra ala .

Começo a olhar para eles e só vejo parte do que eram pois, estão com aparência

de derrotados e desiludidos. Alguns conservam, ainda, o orgulho nazista bem es

tampado no rosto e fisicamente estão altivos. Erna se senta ao meu lado .