Flores de Verão

15 Capitulo

Fomos a caminho à casa da minha mãe, minhas mãos suavam e eu imaginava o que eu iria encontrar como ela iria reagir e principalmente a ansiedade de reencontrar minha pequena.

Chegamos ao prédio, fiquei enfrente ao interfone esperando ela aceitar que eu subisse ao apartamento, Eu e Evan nos olhamos no elevador, ele podia sentir o quanto estava apreensiva e segurou minha mão gelada. Quando me aproximei da porta do apartamento, percebi o quanto sou fraca, medrosa, naquele momento me faltou coragem para abrir aquela porta. Mas antes que eu desistisse, ela abriu me convidando para entrar com sua típica cordialidade. Não parecíamos mãe e filha e sim duas estranhas que acabavam de se conhecer.

- Posso ver a Rose?

- Acho melhor não, querida você é instável emocionalmente.

Evan: Não, a senhora está enganada, a Emma está saudável, segura de si e poxa ela tem direitos, ela é a mãe. Só que a Sra não entende o que é isso, já que deixou sua filha trancada em um sanatório sem apoio nenhum.

- Eu estava fazendo o melhor para ela e minha neta, não foi você que a socorreu quando ela estava quase morta, não foi você que trabalhou em dobro para que ela tivesse os melhores tratamentos. Não foi você que sacrificou noites de sono cuidando da Rose, preocupada com a Emma e sem contato por ordens médicas. Todos os médicos diziam que ela estava desequilibrada, chegou um momento que eu perdi as esperanças.

Ela desabafava em prantos e sentir mais vergonha ainda do que fiz passar

- Desculpa mãe! Eu pensei o pior, dentro de mim só existe magoa, eu vou fazer por merecer o seu respeito, confiança. Me der apenas uma chance de amar minha filha, fazer diferente.

- Tá bom, todos nós erramos e a Rose precisa de todos nós.

Nesse último comentário ela encarou o Evan, por pouco ela não contou meu segredo. Evan nem ao menos desconfiou ele estava tão entediado com aquela discussão que prestava atenção mais nos retratos da família nas paredes do que na conversa.

Finalmente pude ver a Rose, ela estava tão grande, brincando em seu cercadinho, a coloquei em meus braços, enquanto Evan fazia carinho em seus cabelos.

Evan: Ela tem os olhos parecidos com os seus a cor, mas parece mais com o pai.

- Não parece, ela é linda igual à mãe.

- Olha bem, ela sorrir o tempo todo, fica mostrando esses dois dentes. Tem o nariz arrebitado igual o do doutorzinho

Só o Evan não percebia que ela era a cara dele, até a personalidade tranquila, simpática. Os dois se deram bem e praticamente passamos o feriado na casa de mamãe.

À noite depois de colocarmos Rose para dormir, saímos para nos divertir e foi tudo tão mágico, as luzes da rua refletidas em meus olhos eu sentindo aquela liberdade. Fomos para uma balada, ele bebeu mais do que devia, cantou e dançou desornadamente pela pista de dança. O levei para o hotel na qual ele se hospedava e acabei ficando mais e me aproveitando da versão loucamente feliz do Evan. Naquela noite tivemos um tórrido sexo selvagem. Essa foi a primeira vez após o casamento em que ficávamos íntimos, não esperava sentir aquela paixão me consumindo novamente, mas Evan era especialista em me deixar envolvida. Até mesmo fora de si ele tinha charme, audácia, ele me levou para cama beijando e acariciando cada parte do meu corpo, arrancando minha roupa e o mesmo fazia com ele. O que a gente sentia nunca foi tesão momentâneo depois daquelas horas de prazer, ele sempre olhava nos meus olhos, acariciava meu rosto e dizia o quanto me queria bem e depois eu me aconchegava ao seu peitoral, ouvindo seu coração desacelerar, agarrando-me a sua cintura. E saiu quase sem querer, um pensamento alto ele me disse EU TE AMO EMMA, não que ele nunca tivesse dito mas agora depois de tudo que a gente passou ganhou um novo significado.

Ao amanhecer ele reclamava da cãibra no corpo, penso eu que abusei demais do meu homem.

Naquela manhã eu voltei para minha antiga casa, ela estava vazia, sem o cheiro do Matt espalhado pelo banheiro. Sem as roupas dele jogadas pelo quarto. Fiquei deitada ali no chão, relembrando o dia em que compramos aquela casa, a alegria dele por ter um cantinho só nosso, a nossa primeira briga, as noites que passamos juntos assistindo um filme ou cozinhando.

Nath ver a porta destrancada e entra

- Eu sabia que você estaria aqui

- Só me sinto em casa aqui

- A mãe dele tirou tudo

- Não, ela nunca vai arrancar de mim as lembranças felizes que eu vivi com o Matt .

- Sabe, eu sempre achei que você amou mais ele do que...

- Do que o Evan?

- Não, do que... você mesma

Ela tinha razão, sempre achei que eu não merecia o amor que ele me dava.

- Nath, eu acreditava que não o amava e que não tinha direito a todo aquele carinho, dedicação. Mas depois que ele se foi, eu me sinto só, incompleta. E agora a minha dor faz sentido, eu precisei mais que um ano casada com o Matt, precisei perder tudo para entender que era tão fácil ama-lo.

- Emma , você tem certeza que ainda ama o Evan, tipo você não é mais aquela garota de 23 anos que se encantava com um ramo de rosas e uma canção no meio de bar.

- Você não entende Nath, Evan me dar outros motivos para me apaixonar por ele, a cada momento.

- Então conta para ele a verdade sobre a paternidade da Rose

- Não sei se é o melhor momento, mamãe ainda está insegura e ele vai pressiona-la pela guarda da Rose.

Viih Kelly
Enviado por Viih Kelly em 09/07/2016
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