Flores de Verão

8º Capitulo

Ela retira a camisa preta que ele usava, acariciando as costas e beijando o pescoço dele. Ele a coloca delicadamente deitada no chão a olhando com desejo e carinho e pela primeira vez fez amor. E assim a Emma descobriu como era bom ser feliz, ser amada, desejada, naquela noite os dois dormiram juntos praticamente era apenas um corpo. Amanheceram abraçados e o sol invadindo as janelas do celeiro e despertando os dois.

- Obrigado Evan!

- Pelo que?

- Por mim fazer feliz

- Então eu que tenho que te agradecer, por ter me escolhido e compartilhado comigo esse momento tão especial. Eu não sabia que você ainda era...

- Virgem! É eu era não disse antes por vergonha, não queria que você pensasse que eu sou uma menininha bobinha.

- Eu jamais pensaria isso de você. Mas foi bom pra você?

- Ai para... Se eu disser que foi gostoso você vai ficar se achando

- Então foi bom admita

Ela pega o lençol que os cobriam e se enrola enquanto ele rir do quanto ela age como uma menina inocente. Ele veste seu jeans e camisa preta e espera ela se trocar.

- Você está pronta pro café da manhã?

- Não, você não vai tomar café da manhã aqui, tipo meus amigos estão em casa e a gente não tem nada. Somos apenas bons amigos

-Não parecia que não tínhamos nada há cinco minutos, Você é inconstante demais.

Emma se aproxima de Evans beijando sua boca e falando – Nós não precisamos parar com isso, foi bom para nós dois é melhor não complicarmos. Evan a empurra afastando-a de seu corpo.

-Eu poderia ficar feliz em saber que só existirá entre nós apenas sexo casual, mas eu não sou desse tipo que aceita migalhas de atenção, respeito e pensava que você também fosse diferente das outras.

Evan sai abrindo as portas do celeiro e andando pelo chão de terra em direção à estrada.

- E como fica nosso projeto depois de tudo?

- Nosso projeto?! Seus planos, seus projetos, seu livro. Quando tudo tiver pronto e você aprender a amar me procura que eu assino. Não é só isso que você quer de mim?! Meu nome.

Emma

Sinto muito por ter deixado o Evan magoado ainda mais depois de ontem. Mas eu não sabia controlar os meus sentimentos muito menos lidar com o sentimento dele. Eu estava sendo insensível e tinha plena convicção disso.

Já era 2008 e fazia quatro anos que Emma não via sua mãe e a Nathally viajou de volta para a Califórnia. E lá sempre parecia que era verão e que o aroma da brisa do mar era permanente em toda local. Juliet esperava Emma ansiosa preparando a comida que a filha mais gostava.

Emma é acolhida com amor pela sua mãe e amiga, as três festejam o reencontro comendo e contando as novidades desses quatro anos. Emma sentia como se voltasse ao passado ao tempo em que ela era a garota meiga, doce e sensível ela entra em seu antigo quarto que permanecia intacto desde a última vez que esteve ali. A cama de solteiro com seu edredom de ursinhos o pôster de Meninas Malvadas, Diário de princesa e a estante de livros e CDs que ela havia deixado. E tudo aquilo lhe trouxe boas lembranças e ela chorava de felicidade por está recuperando a vida que ela havia deixado para trás a sua imaginação fértil, o lado bom de toda aquela ilusão, os sonhos e a fé no amor que ela havia perdido.

Emma

Em uma noite em que eu e Nathally saímos para dançar, ela comentou que alguém queria muito me ver, que alguém precisava de mim. Logo que saímos da boate ela me levou até uma conhecida rua que tínhamos vindo á anos atrás em um bairro perigoso da Califórnia. Subimos em um prédio antigo que tinha umidade no teto tinha um cheiro horrível e paredes pichadas ela me fez entrar em um dos quartos e lá estava o Adam. Ele estava irreconhecível, tão magro que eu poderia contar os ossos de sua mão, olhos fundos e inchados, pele pálida que notarias as suas veias pulsando, ele cheirava a cerveja e cigarros, o quarto era um reflexo da bagunça que ele era.

Nathally: Acho que eu já vou, está na minha hora.

Emma: Você não pode me deixar sozinha com ele.

Adam: Fica Emma, eu prometo que não vou tocar em você.

- Não confio no que você promete.

- Eu to arrependido. Não me negue esse tempo ao seu lado eu preciso muito falar com você.

Emma

Adam era a última pessoa que eu esperava reencontrar e muitos menos desse jeito. Sentir-me culpada por todas as vezes que desejei que ele fosse torturado até morrer. Ele sentou na minha frente olhando no fundo dos meus olhos para eu ter certeza que ele não estava mentindo. O olhar dele não era mais perverso nem cheio de ódio, ele era só dor, arrependimento e vergonha. Sua voz não era firme e confiante como o conheci. As mãos tremiam pelo uso desenfreado de drogas e nervosismo, a voz vacilava.

- Emma eu passei noites em claro pensando no que eu iria falar quando te reencontra-se e agora não me veem as palavras certas. Apenas me perdoe, eu fui cruel com você e sinto muito pela dor que te causei. Eu sei que não mereço nem ao menos uma palavra sua. Mas eu precisava que você soubesse que não é nada que te falei naquela maldita noite, eu que sou o fracassado, escroto, babaca. Achava que fazendo aquilo contigo me faria superior. Depois que passou e me afastei de todo aquele mundo percebi que nada daquilo valia apena, continuava sendo um lixo humano que ninguém confia e a única pessoa que me amou eu destruir. Nunca me sentir tão arrependido.

Eu não conseguir segurar as lagrimas mesmo tentando ser forte e não me abalar, mas ainda estava machucada.

- Você não faz ideia quanto doeu em mim.

- Eu sinto muito! Imagino como deve ter sido difícil

- Você não tem noção. Das noites de insônia, do medo que sentia, eu tinha pesadelos, via você em todos os homens.

- Então temos algo em comum, a minha culpa me consumiu, bebia demais, me drogava, tentei me matar diversas vezes, até eu perceber que existia algo bom na nossa história, conhecemos um mundo diferente, nos divertíamos e eu sentia falta do Adam que eu era quando estava perto de você.

Por um momento pensei nas sensações que eu sentir ao lado dele, a coragem, adrenalina, valorizar as formas do mundo ao meu redor tocando a areia, mergulhando em um mar sem controle, essas coisas loucas que eu nunca faria se não tivesse o conhecido. Eu tirei o Adam daquele quarto escuro e o levei para o nosso paraíso em comum, a praia. E de repente não se sentia magoa, dor e tristeza em meu coração. estava disposta a levar comigo só o bem que Adam me fez e queria que ele não se sentisse mais culpado e também para me livrar desse trauma imenso que só me impedia de viver feliz. O perdoei mais por mim me sentir superior

Ao olhar pro céu imaginei o sorriso de orgulho do meu pai e tive a certeza de que onde ele estivesse estaria satisfeito com minha atitude.

Viih Kelly
Enviado por Viih Kelly em 04/07/2016
Código do texto: T5687558
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