Flores de Verão

1º Capitulo

Emma é de 26 anos que dedicou a maior parte de sua vida a escrever, escrevia romances ficcionais . Tudo começou quando sua mãe, Juliette ler (Um Sonho de uma Noite de verão), umas das obras de William Shakespeare.

Emma viajava naquele universo e se imagina como uma das personagens e isso acontecia sempre que ela se dedicava a uma história nova, com o passar dos anos aquele gosto de Emma tornava-se a ser ignorado pelos seus colegas que achavam que ler era uma bobagem, então ela se excluía ainda mais e vivia em um mundo paralelo onde ela era aceita e tinha um final feliz.

Quando Emma tinha 16 anos ela conheceu Adam Newton, ele era o garoto novo da escola.

Emma

Quando eu vi aquele divino estranho entrando pelos portões da escola e desfilando pelo corredor com a pose de dono do mundo. Senti arrepios e fiquei levemente envergonhada quando ele reparou que eu não conseguia parar de encara-lo. Ele era alto, magro, mas não tão magro seu corpo era definido percebi por causa da regata surrada que ele estava usando e o olhar dele tinha charme, um encanto único.

Nathally minha melhor e única amiga desde os sete anos também havia reparado e de imediato ela se colocou a disposição dele, apresentando todo o campus para o novato. Diferente de mim Nathally era descolada, popular, ambiciosa e corajosa, nós nos conhecemos quando meus pais se separaram e eu fui morar com minha mãe na Califórnia nos tornamos vizinhas e dividíamos tudo, brinquedos, matérias escolares e roupas, nos tínhamos a mesma forma física magras com algumas curvas, porem os gostos para tudo era o oposto menos se tratando de Adam.

Passaram-se os meses e Nathally queria saber mais sobre o misterioso Adam e me fez de cúmplice para sua investigação. Nós os seguimos até a casa dele, no Fiat vermelho da Nath me sentia em uma missão impossível em uma das obras que eu lia sobre romance policial. E finalmente a moto dele parou em um bairro clandestino, na qual sempre era evidencia nas manchetes de jornais por motivos de assaltos, estupros, prostituição e venda livre de drogas. Um lugar muito distante da minha realidade de garota de classe média.

Senti que a Nath estava nervosa e sua direção estava vacilando e quase atropelamos um bêbado o que chamou a atenção do Adam que nos viu pelo retrovisor de sua moto de repente o perdemos de vista na movimentação da rua. Mas Nath estava determinada a encontra-lo, ela desceu para pedir informações em um bar, este era o tipo de local que ele parecia frequentar e talvez alguém o conhece-se, enquanto isso eu a esperava no carro com o coração acelerado, liguei o som do carro no volume mais alto e fechei os olhos tentando fugir da realidade. Quando um batido soou pela janela do carro e era ele com uma expressão seria e ameaçadora pedindo para eu abrir a porta, mesmo negando ele não desistia e quando notei ele de alguma forma conseguiu destrancar e invadir o carro. Ligando o motor.

- O que você pensa que está fazendo?

¬- dirigindo, levando você para outro lugar.

- Mas a minha amiga...

- Ela vai saber se virar

Durante todo o caminho ficamos calados, temia do que ele poderia fazer comigo. Ele parou o carro na costa litorânea nas praias calmas de um fim de tarde, saindo em direção às areias e me levando com ele ao pressionar meu braço. Ele não estava nervoso, nem irritado, porém queria uma explicação.

- Senhorita Emma Medson o que deu em você e em sua amiga em me seguir?

Fiquei impressionada, como ele sabia meu nome? E meu sobrenome? Fiquei curiosa e o perguntei e também tentei fugir de dar uma explicação sobre esse ato que me envergonhava no momento.

- Não sei se você reparou, mas faz dois meses que estou nas aulas de literatura e História com você e bem sua fama de aluna aplicada não é nenhuma novidade para mim. Então responda a pergunta que lhe fiz!

- Tá bom, Ok!

Pensei em mentir, inventar uma história eu parecia ser boa nisso, mas na realidade era bem difícil mentir quando se não tinha uma pagina em branco para se preencher com palavras. Decide falar meias verdades

-É que minha amiga está muito interessada em você e ela não sabia e ela queria descobrir algo que lhe desce uma ligação com você, alguma informação, afinidade.

Ele parecia não ligar pelo que eu tinha contado certeza que isso não era novidade para ele, ficando apenas calado. Aquele silêncio me angustiava e ele já tinha o que queria me levantei, limpei minha roupa que estava coberta de areia peguei minha bolsa a procura das chaves do Fiat.

- As chaves estão comigo Emma, sente-se não estrague o momento, observa esse céu o sol se pondo essa mistura de cores as nuvens se movimentando e criando formas.

Eu parei e seguir a interpretação dele e realmente aquele momento era mágico

- Agora feche os seus olhos e apenas sinta a brisa do mar acariciando seus cabelos, sua pele escuta enxergar e sente o mundo em sua volta você se preocupa demais com o que as pessoas pensam se esconde por trás de seus livros, rouba as palavras dos outros e toma para si, por que você não escreve? Eu sei que você é capaz, transcreve sua vida em palavras. Poxa tenha coragem e saia das sombras da Nathally.

Eu me assusto de como ele pode saber tanto sobre mim e o pior é que ele tinha razão, ele mal sabia, mas eu escrevia, porém não tinha coragem de mostrar para alguém de expor meus sonhos, ideias em público.

Ele me deixou em casa e eu senti que não éramos, mas dois desconhecidos e eu não o via mais apenas como um cara bonito e misterioso certamente ele era mais do que isso. Quando nos despedimos e ele me entregou as chaves do carro em minhas mãos, nossos dedos se entrelaçaram e meu corpo esquentou diante daquele toque. E um até logo me separou do meu príncipe tatuado.

Quando abro a porta dou de cara com minha mãe preocupada, a casa cheia de policias e a Nath chorando, minha mãe veio ao meu encontro me abraçando e beijando e a Nath fez o mesmo. Eu tava confusa, mas logo entendi elas acharam que o Adam havia me raptado o que não era mentira, mas se elas soubessem o quanto feliz eu estava por aquele encontro não haveria lagrimas. Eu expliquei o que aconteceu aos policias que tudo foi um mal entendido sempre com minhas meias verdades.

Subi ao meu quarto e Nath foi logo atrás e notei com sua expressão havia mudado de alivio para dúvida.

-Emma o que realmente aconteceu nesse sequestro, tem algo que eu precise saber?

- Claro que não, a gente só falou coisas sobre a escola e também falei sobre você.

- E ele?... Me fala o que ele disse

- Amiga ele na te merece sério, ele simplesmente ignorou o fato de você gostar dele.

Na verdade eu queria desconstruir o interesse dela, transformando ele é um babaca, nunca agi assim e também nunca tinha me encantado por alguém. Só que a Nath não era boba e percebeu que eu também tava afim dele.

- Você acha que eu sou idiota?! Você tá gostando dele por isso que aceitou se meter nessa comigo. Ai me deixa sozinha em um lugar como aquele para se encontrar com ele, passar a tarde juntos e sabe lá o que fizeram. Você sabia que eu tava afim dele, olhei ele primeiro, você foi falsa, mentirosa.

-Me deixe falar, isso são coisas de sua cabeça eu não tenho nada com ele, nem nos conhecemos direito. Isso é um dos seus piores defeitos quando se apaixona fica cega e burra e não nota os babacas que te rodeiam. Sabe ele não é o primeiro e nem o último cara que você vai querer só por capricho, quando ele decidir te usar por que é isso que todos os caras fazem. Você vem chorar, desabar comigo e só eu que recolho os cacos que caras tipo o Adam deixam.

Eu não queria deixar ela magoada comigo, mas eu tinha que falar aquilo, pois era a verdade. Ela saiu batendo a porta com força e irritada, torcia que ela se alcance no dia seguinte e me perdoasse. O restante daquela noite eu só fiz pensar no Adam e no quanto maravilhoso o perfume dele era, tinha o cheiro suave e fresco da brisa do mar com menta.

Viih Kelly
Enviado por Viih Kelly em 30/06/2016
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