Despedida da Paloma e do Claudinho.

Despedida da Paloma e do Claudinho.

Num tempo não muito distante, como um radiante cometa, desses que raramente apontam nos céus de nossas vidas eles apareceram no nosso meio.

Chegaram de mansinho como quem não quer nada, chegaram , ficaram e se instalaram em nossos corações construindo uma ponte de amor e amizade entre os irmãos.

Cada qual com seu jeito, cada qual com sua personalidade, mas com caráter irrefutável, com seus sorrisos francos, com seus modos de criança com sonhos e determinação.

Cada um trouxe a sua mala com seus sonhos, confiança e entusiasmo, tal qual um antigo viajante que desembarca em terras estranhas para poderem recomeçar e iniciar nova vida.

Trouxeram alegrias com seus cânticos, trouxeram momentos de reflexão e humildade para aceitarem as coisas que são imutáveis e a coragem para melhorarem as coisas que estavam ao seu alcance.

Eles são os nossos meninos que cresceram e a gente nem se apercebeu porque o tempo é implacável e passa de igual modo para todos os mortais.

Ainda vemos no olhar da menina (Paloma) um intenso brilho de amor à obra e aos irmãos, sentimento raro nesses tempos atuais onde cada um só se preocupa consigo mesmas.

Não sabemos o que hoje vai pelos seus pensamentos e pelo seu coração, mas certamente que quando aqui chegou também trazia muitas dúvidas, frustrações, medo e desconfianças, porque isso é próprio do ser humano, mas o Pai Soberano em sua infinita misericórdia dotou-a da vivacidade cristã que a todos nós cativou.

Com sua voz rouca e seu jeito de moleca espevitada e irrequieta, deixou para trás as festas do mundo para dedicar-se as coisas do Senhor, e, dessa forma atrair para junto de si e para a casa de oração jovens e adultos carentes das palavras de salvação.

Ela chegou e ficou, calando-se quando poderia gritar as suas dores e angústias pelas quais passou.

Sorria e ainda sorri quando poderia zangar-se e acreditou e ainda acredita, quando poderia desistir de tudo e seguir outros rumos.

Tal qual uma pomba essa menina pousou e se aninhou em nossos corações.

De maneira semelhante chegou também um menino no nosso meio (Claudinho).

Eloquente quando precisa que seu louvor seja acompanhado pela congregação e terno quando é preciso saber ouvir e aprender as lições de Deus.

Bom filho, bom irmão e agradável companheiro. Necessário junto ao Grupo de Louvor, imprescindível junto ao grupo de Jovens e da igreja.

A sua ausência no nosso meio é sentida porque tem o espírito de alegria que afasta as carrancas que procuram estabelecer contendas.

Não sabemos de suas íntimas dores e sofrimentos porque ao seu lado convém alegrarmos com a sua alegria.

Um dia, perdido nas nuvens do tempo esses jovens se encontraram e não foi por acaso porque para Deus não existe casualidade. Os caminhos dos dois se cruzaram e houve uma silenciosa troca de olhares, uma química nova, uma atração completamente diferente. Estabelecia-se o amor.

Esse mesmo ardor que queima nos corações dos apaixonados também queimou ambos os corações, a única diferença é que a paixão é abrasadora, temporária e deixa cinzas, mas o verdadeiro amor, esse permanece, apesar do tempo, apesar das circunstâncias e apesar das distâncias.

Esse menino e essa menina construíram seus sonhos dourados, e, agora vão unir se pelo sagrado sacramento do matrimônio, transformando seus sonhos em realidade, constituir um lar e seguir seus caminhos na busca incessante da paz, harmonia e convivência cristã.

É chegado o momento da despedida desses jovens valorosos do nosso meio, do nosso convívio habitual, mas nunca chegará o dia de despedirmos dos laços de amor e ternura que unem os nossos corações.

Doravante nos nossos encontros para adorar e louvar ao Senhor vamos sentir a falta do menino (Claudinho) que executa os instrumentos musicais sentindo os acordes em seu coração que batem nos compassos dos louvores.

De igual modo vamos sentir a ausência da menina (Paloma), com sua voz rouca, sua vibração de maestrina, sua dedicação na condução e sua intensidade no louvor ao Senhor.

Eles vão seguir os seus caminhos porque é chegada a hora, e para tudo existe o tempo determinado e preparado pelo Senhor. Cabe a cada um de nós desejarmos o melhor para esse jovem casal, e, onde quer que estejam que o Senhor esteja ao seu lado para animar, serenar e iluminar seus dias.

Não vamos dizer adeus, vamos apenas dizer um até breve porque quando existe a verdadeira amizade e o amor entre as pessoas a distância é o que menos importa.

A maior distância de quem amamos é a distância de nossos pensamentos do nosso coração. Se pensarmos em quem amamos com carinho, não existe nenhuma distância.

Sigam em paz queridos amigos e irmãos em Cristo. Que o Senhor Jesus coloque um cântico novo de vitórias em suas vidas, todos os dias de seus dias.

Obrigado irmã Paloma, obrigado irmão Claudinho. O senhor os acompanhe.

Para meditar:-

“Nós, porém, irmãos, privados da companhia de vocês por breve tempo, em pessoa, mas não no coração, esforçamo-nos ainda mais para vê-los pessoalmente, pela saudade que temos de vocês.”

(1 Tessalonicenses 2:17)

A graça e a paz sejam com todos os irmãos. Amém.

Guilhermino, 06 de Fevereiro de 2017 com a graça do Senhor Jesus.

Guilhermino
Enviado por Guilhermino em 20/02/2017
Código do texto: T5918303
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