Amor

Todos os dias quando abro os olhos pela manhã me constrange pensar no amor inabalável que me trouxe até aqui. Pensar que um dia o meu amado Aba mandou a terra o Seu Filho unigênito para morrer por mim.

Me constrange saber que foi por amor a mim que Jesus se despiu da Sua glória e pagou um preço de sangue para que hoje eu pudesse viver mais um dia de vida. Saber que Jesus foi cuspido, xingado, envergonhado, machucado e que o pregaram em uma cruz, símbolo de desonra maior naquela época.

Me constrange saber que as mãos e os pés Dele foram furados por pregos e que rasgaram sua carne e arrancaram suas vestes o deixando nu, exposto a vergonha e humilhação. Que debocharam e duvidaram de Sua identidade como Filho de Deus.

Me constrange saber que Jesus sofreu e sofreu muito. Que Ele foi tratado como um ladrão e que para Ele não houve nenhum tipo de misericórdia. Que riram Dele e não se importaram com a Sua a dor.

Me constrange saber que a sentença que recebeu, o preço que pagou não o pertencia. Ele é o inocente que padeceu por algo que não fez. E tudo isso fez por Seu amor imensurável e Sua graça abundante.

Me constrange saber que eu sou a ré da sentença de morte que Jesus pagou, que sou a culpada por cada uma de suas feridas, que não foram só as mãos dos soldados que o feriram e pregaram naquela cruz, mas também eram minhas as mãos que o castigaram.

Me constrange saber que eu, você (que está lendo este texto), a humanidade inteira, sem exceções, somos os verdadeiros réus destinados a sentença de morte pelo pecado.

Me constrange saber que foi este amor extraordinário, inabalável, inexplicável. Que nos perdoou salvou curou libertou e nos deu vida e vida em abundância.