O ASSUNTO TOMA CORPO

Muito agradeço pelos constantes estímulos aos meus humildes textos pejados da vontade de acertar quanto ao gosto emocional e estético do receptor, também acrescido do desejo de que o poeta-leitor reflita sobre a Poesia e sua materialidade verbal: o poema. Sei que essas abordagens podem se tornar enfadonhas, porque extensas, mesmo que trazidas ao Facebook num só fôlego, nas interlocuções – que pretendo sejam diálogos. Abro a cuca e o coração, a par dos itinerários vários de meus quase 71 mistérios ânuos, dos quais 43 dedicados à Poesia. Afinal, o espiritual atual é fruto deste decurso, porque também este não nasce pronto, e vai, paulatinamente, se construindo. Tal é o que acontece em vários momentos e situações em que a leitura me instiga e o texto exsurge inopinadamente, merecendo reflexões pontuais singelas ou complexas. Quando o texto criado ao gozo da descompromissada fruição se presta a um estudo mais amplo e/ou profundo, passo-o para o programa Word e o reelaboro para a devida divulgação pública. Por vezes, pode vir a tomar corpo e vida num texto autônomo de teor e assuntos similares. Daí a importância dos comentários do navegante receptor, por suas interlocuções nas redes sociais. Por este adentrando no universo misterioso do subjetivismo do autor e o levando ao infinito dos recantos de navegação virtual. Porque o código verbal é ilimitado, também a partir da liberdade de diálogo que o receptor instaura com o que está posto à disposição de todos. É bom não esquecer que a Palavra não tem delimitação com o que aparentemente seja. Quem vai pintar o quadro com tais ou quais cores e sentidos é a subversão da linguagem, ampliando ou fugindo ao sentido original...

– Do livro A VERTENTE INSENSATA, 2017.

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