POESIA, AÇÕES E CONCRETUDE

Rozelia Rasia, querida poetamiga! Não há necessidade de nos "honrar com a tua poesia”, visando solidarizar-te com os teus irmãos poetas. Deixa esta lisonja e venera serem oferecidas por aquele criador literário que somente se entretém com a construção de versos. Não que isto seja tarefa de somenos e que não leve tempo para a colimação de uma obra. O fato é que eu te acompanho há mais de 19 anos na intrincada cena cultural e literária e te vejo sempre às voltas com mil coisas a fazer. E, em regra, tu as realizas muito bem, com diligência inesgotável e admirável entrega. Portanto, os teus poemas não são somente garatujas espirituais, que é o que sói acontecer com os poetas-autores. Fazes mais e muito. As ações dos ativistas culturais em regra funcionam como bons poemas: peças palpáveis e concretas que encantam e enternecem. Como os livros editados pela novel Editora Gaya, que são o prenúncio de novas etapas para a Academia Literária Internacional – ALPAS 21, engrandecendo o universo editorial local e do país. A recente editoração e a trazida a público da Coletânea ENTREOLHARES é um bom exemplo da poética esteticamente boa, o florilégio num ramalhete bem apresentado. A obra pessoal (com a possível poesia circunstancial) pode ter "concretude" e vir a existir também no plano da realidade, tal é o caso presente. A arte da escrita, para chegar ao público, necessita de suporte material. E tu és um exemplo desta concretude, de onde podem exsurgir tantos e curiosos relatos que transcendem o lugar comum da vida...

– Do livro A VERTENTE INSENSATA, 2017.

http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/6061034