CARPE DIEM

Nos momentos mais desafiadores, nas horas mais angustiantes, geralmente estamos sozinhos. Por mais que vivamos cercados de pessoas, sempre há um momento crucial, no qual a solidão se fará presente e nos convidará a refletir.

Quando essa reflexão é bem direcionada, surgem as respostas criativas para os problemas que enfrentamos. Já, quando essa reflexão traz em si sentimentos de culpa, de raiva, de impotência, de mágoa, entre outros, as coisas não terminam bem (basta notar que, ao se suicidarem, muitas pessoas estavam sozinhas e alimentando sentimentos assim).

É difícil lidar com certas provas que a vida nos traz, nem sempre conseguimos suportar o peso do mundo nos ombros, como disse o poeta. Sim, dá vontade de sumir, de desistir, de passar dessa para a melhor para, enfim, descansar e ter paz. Mas será?

Não sei. A vida e a morte são mistérios. São níveis de consciência, são como fases de um jogo. A morte pode ser o game over ou o reset.

Mas afinal, por que nos piores momentos a gente sempre está só? Pensemos e repensemos. Estamos sós de fato? Será que tal solidão é ruim? Por que isso ocorre?

Já parou para pensar como é tentar fazer a leitura de um livro que amamos quando estamos cercado de pessoas? Como é querer ouvir nossa música favorita quando diversas pessoas falam ao mesmo tempo? Como é querer se concentrar na aula, mas não conseguir por conta das conversas paralelas entre as pessoas próximas?

Chegamos no ponto chave: a solidão pode ser a pausa necessária para respirarmos fundo, nos conhecermos melhor e acessarmos nossa consciência. Esse momento é uma verdadeira catarse quando bem conduzido. Ficar só é a melhor forma para se enxergar as coisas de outro jeito, analisá-las por meio de nossa verdade interior e vencer os obstáculos à nossa volta.

Nos momentos mais angustiantes de seu ministério, Jesus, humanamente falando, estava só. Desde quando convidou os discípulos a orarem e estes acabaram dormindo até o caminho ao calvário, Jesus sentiu-se solitário. Talvez, por isso mesmo tenha perguntado: "Pai, por que me abandonaste?"

Mas vejam que todo o sofrimento do Mestre teve um propósito maior: a glória de Deus e o triunfo da vida sobre a morte.

Quando se sentir só, procure pensar sobre isso. Medite, pratique seus rituais, leia seu livro favorito, ouça a música de que mais gosta, veja álbuns de fotografias, assista aos filmes e séries que ama, brinque de imitar a voz de personagens de desenhos, desenhe coisas engraçadas, escreva textos literários, cozinhe seu prato favorito entre outras coisas. Curta sua própria companhia, aprenda a ouvir sua voz interior, aquiete sua mente e alegre seu coração. A solidão é ótima para termos um tempo só nosso, sabe? Isso nos fortalece e renova nossas energias.

CARPE DIEM!

MCSCP

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 20/11/2017
Reeditado em 26/11/2017
Código do texto: T6177507
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