O peso e o prazer de ser diferente

Ei você que sente na pele o peso de querer ser diferente, fazer coisas que poucos fazem afim de chegar onde poucos chegam. Eu sei o que você sente, porque o que eu estou fazendo aqui é isso, sendo diferente dos outros e tentando entender suas dores e receios em vez de te julgar ou te chamar de fraco. Sei bem que existem dias nos quais queremos desistir e viver uma vida normal, comumente monótona e sem expectativa nenhuma. Mas também sei que quando levantamos da cama entusiasmados, nada e ninguém consegue nos parar ou nos tirar de foco os nossos objetivos. Acordamos sempre com o pensamento “Hoje tudo dará certo” e mesmo que nem tudo aconteça como esperamos, gratos que somos, agradecemos. Talvez o nosso diferencial não seja apenas acordar mais cedo que os outros, lutar mais do que os outros e nem estudar mais do que os demais. Talvez aquilo que nos difere da raça humana comum é o desejo de querer ir além, a vontade de sermos melhores, nossa persistência, saber ouvir um “não” como resposta e buscar o motivo da negação nas nossas atitudes e assim muda-las. Talvez sejamos diferentes por acreditar que tudo é possível e que a tempestade vem para aprendermos a aproveitar cada segundo de um dia ensolarado e de céu azul calmaria. Todas as nossas quedas nos fazem levantar mais fortes e confiantes do que nunca e isso nos causa maus olhares, na maioria das vezes. Despertamos sentimentos nas pessoas ao nosso redor e por mais que eu gostaria que todos fossem bons, os de má fé predominam. Mas não desanime, afinal o problema geral é que a facilidade de julgar é muito maior aos que estão comumente acostumados com tal atitude. Se eles elogiassem e apoiassem a causa, já não apoiariam as causas comuns e assim também seriam diferentes. Para mentes pequenas, como são, isso seria um absurdo. Chegamos a um outro ponto que ressalta nossa especificidade: Não levamos em consideração pensamentos negativos muito menos as críticas de caráter não construtivo. Somos sábios aprendizes. Somos abertos. Somos realistas, mas confiantes. Não damos espaço para a negatividade, pois nossa cabeça está cheia de coisas melhores para pensar e planejar. A tristeza as vezes vem, não podemos evitar as desilusões da vida, mas se elas vieram é sinal que acreditamos. Se elas vieram, sinal que precisávamos acordar para mais um toque de Deus, ou do universo para os que preferirem. Somos imperfeitos e cientes disso. Não trabalhamos apenas para o nosso crescimento pessoal ou profissional, lutamos por um mundo melhor fazendo a nossa parte e não apontando o que o outro deve fazer. Não sofremos pela inveja que nos cerca, mas nos decepcionamos com algumas pessoas que na ilusão de que somavam, aceitamos em nossa vida. Aprendemos sempre e em qualquer circunstância. Não desistimos. E se depois de tudo isso, se um dentre todos os leitores decidirem se juntar a nós, os diferentes, todo esforço de anos de trabalho, valeu a pena.

Natália Fonte Boa
Enviado por Natália Fonte Boa em 20/07/2017
Reeditado em 28/08/2017
Código do texto: T6060055
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