SEU PREÇO

Dessa vida de amargura,

Só restou meu violão,

Pra cantar as desventuras

Dessa sua ingratidão.

Você tinha o seu preço,

Mas bem sei que não mereço

Viver sozinho e descrente.

No final dessa jornada,

Tudo virou palhaçada

Do circo que você armou.

Foi dessa maneira tão errada

Que você provou que nunca me amou.

Agora...

Alimentado do talvez,

Sigo sem essa dúvida cruel,

Pois sei muito bem o meu papel.

No futuro que desfez,

Eu perdi, meu bem, eu sei,

Mas irei me levantar.

Vou arranjar outro alguém

Para chamar de meu bem.

Para amar como nunca amei,

E vai me dar tudo que eu desejei.