Mão do tempo

"Na solidão do meu peito
O meu coração reclama
Por amar quem está distante
E viver com quem não ama
Eu sei que você também
Da mesma sina se queixa
Querendo viver comigo,
Mas o destino não deixa.

Que bom se a gente pudesse
Arrancar do pensamento
E sepultar a saudade
Na noite do esquecimento
Mas a sombra da lembrança
É igual a sombra da gente
Pelos caminhos da vida,
Ela está sempre presente.

Vai lembrança e não me faça
Querer um amor impossível
Se o lembrar nos faz sofrer,
Esquecer é preferível
Do que adianta querer bem
Alguém que já foi embora,
É como amar uma estrela
Que foge ao romper da aurora.

Arranque da nossa mente,
Horas distantes vividas
Longas estradas que um dia
Foram por nós percorridas
Apague com a mão do tempo
Os nossos rastros deixados
Como flores que secaram
No chão do nosso passado."


Citação da Letra "Mão do tempo" (Tião Carreiro) - Nada é por acaso.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 18/03/2017
Reeditado em 18/03/2017
Código do texto: T5944795
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.