MAIS OU MENOS ASSIM...

Sou assim mais ou menos,

Opto por medir o terreno

Que pisar tenho quando ando,

Saio por ai me desabafando

Dos pormenores de afazeres

Tarefas de laser e de prazeres

Naquilo que bem fazer sei,

De ser mau jovem me negarei,

Ser jovem bom, eis minha sina,

Na robusteza que as vitaminas

Me proporcionam quando as tomo,

Em final de caminho me retorno,

Por esse ser meu optar aportuno,

Ao retornar eu me asseguro,

Voltei para a base de vida antiga,

Que achava meia ruim de ser vivida,

Por isso, a minha procura por melhoras,

Trilhei estradas muitas mundo afora,

Mas tive que voltar para minhas origens,

O cansar-me de andar me deu vertigens,

E agora, no meu canto me sossego,

Me apressava por chegar a me ser velho,

Pois de ser jovem me via cansado,

Ora, ora, eu mesmo, me deixe antenado,

Por enquanto deixo a velhice

Para aqueles que se veem velhos, idem,

No espelho de suas bem vividas vidas,

Foram jovens, e quem disso duvida,

Quero continuar contando os meus dias

Mesmo sentindo que minha rotina me judia,

Muito tempo me resta, por ser jovem,

Apesar do tempo que me consome,

Que a contagem dos dias da juventude

Me seja prolongada e me torne imune

Ao tempo, que quer que me torne

Um ser mortal de corpo, e que se comprove

Ao menos que imortal de alma se seja,

Uma alma jovem pra si ter se almeja...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 26/05/2017
Código do texto: T6009684
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