Durante o discurso da vitória, conferir a aflição abraçando um garoto, o caçula Barron, fez refletir sobre o doce jeito de ser do novo presidente.
 
Os outros filhos estavam lá, alguns descontraídos e empolgados, mas a câmera, cruel e implacável, mostrou exatamente o menino Barron.
Havia bastante cansaço, um incontrolável sono, o enjôo e o incômodo ouvindo conversas tão chatas explicavam a expressão do filho de Trump, porém eu percebi bem mais...
 
Consegui ler, nos olhos do caçulinha, o intenso pavor.
 
Nem sequer quando escutou o nome anunciado, Barron sorriu.
Como seriam os carinhos que Trump oferece à inocente criança? Óleo fervendo, surras demoradas, chicotes cheios de tiras, fortes tapas?
 
Os possíveis afetos do tirano me inquietaram demais.
 
* Se ele age assim com o filhinho, como punirá um terrorista?
 
O que os inimigos declarados de Trump devem esperar?
Muros compridos, expulsões impiedosas, execuções frias?
Apertar o botão vermelho como se jogasse um videogame?
 
Temi imaginando a situação do nosso chanceler careca.
O golpista anunciou que preferia Hillary, deixou evidente não gostar de Trump, hoje atenua as tolas falas, contudo sua batata está assando.
 
Dizem as últimas fofocas que até os cabelos começaram a aparecer, o precioso sono o ilegítimo ministro perdeu, constantes pesadelos tiram o apetite e o menor ânimo.
 
* Ai, ai! Ui,ui! Ei, ei!
 
Barron sofre por ter um pai muito carinhoso.
 
O tucano babaca um pouco de misericórdia implora, já assistiu ao filme O Massacre da Serra Elétrica duzentas vezes, almeja prever a violenta vingança que Trump pode realizar.
 
Toda hora chora, o desespero aflora, sem qualquer melhora.
 
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu... cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio... se você gemesse, se você dormisse...
 
E agora, José?
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 11/11/2016
Reeditado em 11/11/2016
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