Sapos, rãs e pererecas

O sapo coaxa,

e vive às moscas

língua de borracha

alcança as toscas

é verde escuro

e infla o pescoço

é feio o anuro

é rã no almoço

quando perereca

vivendo à toa

levado da breca

vagueia a lagoa

sem sobressalto

parece de mola

vem cobra em assalto

o sapo decola

já nasce sem ninho

o danado do brejo

e rende uns sapinhos

são sobras do beijo

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 30/04/2017
Reeditado em 30/04/2017
Código do texto: T5985323
Classificação de conteúdo: seguro