O RATINHO E A FELICIDADE

O ratinho e a felicidade

Ninho era um ratinho que não se achava feliz.

Um dia ele foi pedir conselho para seu amigo tamanduá, disse: O que eu faço para ser feliz?

Seu amigo respondeu: Por que você não vai falar com uma senhora que mora na primeira estrada depois da floresta chamada Dona Felicidade, em uma casa linda, tem vários amigos, não falta nada pra ela.

E assim ele fez --- empenhou- se em uma Jornada de três dias, até que finalmente chegou perto da casa da felicidade.

Para a sua surpresa ela morava em uma mansão, o lugar era lindo!

Cada vez que ele ia se aproximando ouvia uma música bem alta. Dona Felicidade estava dando uma festa.

Quando finalmente ele chegou à frente da mansão, o porteiro disse: Boa noite senhor, Poderia me entregar o convite!

Só que ele não tinha sido convidado, então explicou ao porteiro o motivo de ele estar ali.

Ninho disse: Eu gostaria de perguntar a Dona Felicidade o que faço para ser feliz?

O porteiro respondeu: D. Felicidade está dando uma festa e só entra quem foi convidado.

Ninho Pensou: E agora? Eu não vou desistir, ficarei por aqui mesmo até essa festa acabar, eu preciso ser feliz e não vou desistir!

Ali mesmo no portão da mansão ele pegou no sono.

No outro dia quando acordou, perguntou novamente ao porteiro: Posso agora falar com a Dona Felicidade?

Respondeu o porteiro: Não! Dona Felicidade foi dormir e não pode ser incomodada.

O ratinho teve que esperar mais, ficava dizendo para si mesmo: - Não vou desistir, vou falar com a felicidade, preciso dela.

Quando foi meio dia, ele perguntou novamente ao porteiro: Posso agora falar com a D. Felicidade? O porteiro respondeu: Vou procurar saber, espere aqui.

O Ratinho ficou ansioso, finalmente ia descobrir como ser feliz. Seus problemas tinham acabado.

O porteiro disse: Pode entrar ela vai receber você.

O ratinho Ninho, quase desmaiou, ficou tão esperançoso, finalmente vou descobrir como ser feliz!

Quando entrou... olhou... Tudo era tão lindo! As paredes de ouro, todos os móveis de madeira brilhante da melhor qualidade.

- Oba! Também quero morar em um lugar assim! Disse Ninho a si mesmo.

Nesse momento chegou um empregado e o levou a uma sala que tinha lindos quadros na parede, janelas enormes com lindas cortinas e no meio da sala uma mesa enorme com várias cadeiras em volta, no final da mesa sozinha estava sentada a Dona Felicidade.

Ninho nem acreditou que um dia ia ver tanta beleza, porém quando ela mandou ele se aproximar dela foi quando ele percebeu em seu rosto uma tristeza que tirava a sua beleza.

Dona Felicidade perguntou: O que deseja?

Ele respondeu: Eu quero ser feliz!

Ela respondeu: É isso? Muito fácil! Você só precisa ter casa linda, viver viajando, muitos amigos, celular moderno, festas e principalmente muito dinheiro.

Veja eu, como tenho muitos bens, vivo rodeada de amigos, faço todo dia uma festa, moro nessa casa maravilhosa!

- Mas e a sua família ? Perguntou o Ninho.

- Família, eu não preciso de família! Disse Dona Felicidade.

- E seus amigos onde estão? Perguntou Ninho.

- Foram embora, como sempre fazem quando acaba a festa. Respondeu Dona Felicidade.

Ninho disse: Pra mim o que mais importa é estar junto da minha família e dos meus amigos em todos os momentos os bons e ruins.

Dona Felicidade soltou uma risada, há, há, há, há, há! E disse: Como é? Meu filho, se felicidade pra você são essas coisas, você veio no lugar errado.

- É, realmente eu estou falando com a pessoa errada. Nossa conversa acaba aqui. Respondeu Ninho.

Ninho empenhou-se então em uma viagem de volta para sua casa, estava sentindo-se em paz porque tinha finalmente entendido que para ser feliz ele só precisava reconhecer que as coisas e pessoas que o rodeavam já era suficiente para sua felicidade. Ele estava pensando errado não precisava que outros dissessem o que ele deveria fazer ou ter para ser feliz. Ele tinha que procurar dentro de si e na sua família os valores que realmente importavam para torná-lo feliz.

Moral da historia: Felicidade é algo muito pessoal, cada pessoa tem seu conceito do que é ser feliz, e não deve deixar que outros determinem o que pode trazer a sua felicidade.

Autoras: Lucy Lopes e Leny Lopes.