Nunca o chamou de louco, ao contrário, incentivava-o a estudar: ‘Você é inteligente, Nanin. Vai conseguir!’
— Se um navio afundar em mar gelado a gente vira picolé? — quis saber o menino.
O pai desconversou, e contou a história do profeta Jonas apanhado por um peixe gigante.
— Peixe grande comeu o profeta?
— Não comeu! O profeta Jonas, julgando estar numa caverna, tateou, até encontrar uma corda, talvez as cordas vocais da baleia ou as guelras. Isso provocou cócegas insuportáveis no animal, que, dando um espirro gigantesco, atirou o profeta na praia.