BRASILIA PORRETA

Certo dia um sujeito resolveu tirar sua velha “Brasília” amarela da garagem, saiu e pegou a estrada para visitar sua mãe no interior das Minas Gerais, em Brejo do Amparo, lá para os lados de Januária.

Após uns dez quilômetros rodados, seu veículo apresentava problemas e o homem, desesperado, começa a pedir ajuda aos carros que passavam. De repente, encosta um “Porche” vermelho e seu motorista pergunta:-

“- Tá precisando de ajuda aí, companheiro?” – e o da “Brasília”, rapidinho:-

“- É, doutor, minha “Brasília” deu problema!...”

“- Eu posso lhe ajudar, meu carro é forte e posso puxar o seu até a cidade mais próxima.” – disse o do “Porche”.

“- Ah, muito obrigado, doutor. Só queria lhe pedir um favor, ande devagar pois minha “Brasília” é muito frágil, num sabe?”

“- Então você pode ir no seu carro e se eu estiver muito rápido dê sinal de luz que eu reduzo a velocidade, tá legal?”

Ao saírem estava tudo bem até que uma “Ferrari” ficou ao lado do “Porche”, seu motorista abaixou o vidro e falou:-

“- E aí, colega? Vamos ver quem chega primeiro à próxima cidade? “ – provocou ele.

O do “Porche” nem respondeu e já saiu acelerando seu possante automóvel. Só que, naquele embalo, passaram por um posto da Polícia Rodoviária e o guarda, assustado com a velocidade dos veículos, desistiu de persegui-los e ligou para o posto policial mais próximo:-

“- Amigo, faça um bloqueio na pista pois acabaram de passar aqui dois carros numa velocidade incrível, a mais de 250 km por hora. Um parecia uma “Ferrari”, o outro um “Porche”, mas o pior não é isso:- tinha uma “Brasilia” velha atrás, dando sinal de luz e doidinha para ultrapassar!...”

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B.Hte., 22/04/17