Sebastiana também resolveu subir

De tantas saudades de Antônio Euzébrio

Sebastiana resolveu também subir

Foi-se embora na última noite

Deixando triste os que viviam com ela a sorrir

E na porta está Antônio Euzébrio

Esperando para em suas mãos segurar

Sebastiana logo mais

Estará com ele a passear

Me lembro dos tempos de infância

Na casa de Sebastiana

Eu, meus irmãos meu pai

E minha mãe Mariana

Os filhos de Antônio Euzébrio

Quando nos ajuntávamos para brincar

Era tão bom naquela sala

Que não dava vontade de parar

A frente da casa tinha um quintal enorme

De um lado barranco por cima do barranco uma estrada

Do outro lado pés de laranjas

Sebastiana era por todos amada

Por vezes cortamos aquela estrada a pé

Para na casa dos Euzébrios chegar

Na venda de Antônio

Meu pai costumava uma pinga mineira tomar

Antônio era mais um homem da roça

Sebastiana vivia da casa a cuidar

Antônio tinha uma voz grossa

De longe dava para escutar

No quintal da casa havia uma corredeira de água

Que alimentava o moinho para o milho socar

Dali saía o melhor fubá

Sebastiana usava para um angu cozinhar

Mulher guerreira foi Sebastiana

Disto ninguém há de duvidar

Quando passar por São Simão do Rio Preto

Basta para qualquer um perguntar

Vai com Deus Sebastiana

Que daqui estaremos a lembrar

Dos momentos alegres

Que pudemos contigo compartilhar

Sentiremos sim a tua falta

Pois não eras apenas a Sebastiana

Eras a mulher virtuosa

Que nos deixou está semana.

Robnho Da Madeira
Enviado por Robnho Da Madeira em 15/06/2017
Código do texto: T6028542
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