Bea
Numa tarde despretensiosa de sábado.
Véspera de Natal, no centro de São Paulo.
Amigos, um bar, algumas cervejas e um samba bem tocado.
E na mesa ao lado eu me deparo.
Com uma morena de sorriso ensolarado.
Com um olhar intenso, penetrante!
Que me deixou paralisado por alguns instantes.
Eu só conseguia pensar: que morena linda é essa?
Dali pra frente... meus olhos só enxergavam ela.
Ela é daquelas que não precisa se mostrar para ser percebida.
Basta estar presente para que sua beleza seja reconhecida!
Então, coloquei na mente: não posso deixá-la ir, sem ao menos saber seu nome.
Preciso ouvir sua voz, quem sabe ter o número do seu telefone.
Esperei o melhor momento e a surpreendi.
Entrei em sua frente de repente e pedi... seu contato, seu número.
Sabia que aquele momento poderia ser o primeiro e o último.
Mas queria saber quem ela é realmente.
E voltei para casa com aquele sorriso iluminado na mente.
Hoje conheço sua simpatia, educação e inteligência.
A sua beleza que vai muito além da sua aparência.
Pouco tempo para perceber sua humildade, sua cabeça boa e seu jeito leve.
Saber que ela gosta de samba, mas ama mesmo o RAP.
Interessada pela causa social.
Estudou, provou a si mesma e passou numa Universidade Federal.
E como é bom sentir que ela está feliz.
Além de tudo isso, ainda tem o nome da minha mãe, Beatriz!