Era Natal, George Michael partiu.
 
A Terra respirava esperanças, o clamor otimista conduzia a agradável tarde, as pessoas tentavam uma pausa muito especial, necessitavam acalmar, não duvidar das alegrias futuras, outra vez elas cediam ao convite sublime, aceitavam que apenas o amor redime.
 
Chocou a notícia, surpreendeu, ninguém entendeu.
 
O astro britânico calara a voz bem envolvente.
Seus tão animados passos somem cedo demais.
 
* George deixa polêmicas e embalos os quais floriram os fás.
Vai como uma ave apressada, as asas realçam o mistério de um vôo repentino, retomar a canção dá vontade, sentimos emoção e saudade.
 
* Uma famosa letra diz que ele nunca dançará de novo.
 
Responde o infinito que o nunca engana bastante.
Um instante passeia distante, afasta a arte fascinante, resolve bater à porta a morte impactante, escolhe ser uma implacável visitante.
 
Porém a melodia ainda irradia, logo encanta o amanhecer, dezembros o tempo promete ofertar, basta aguardar, repete o Universo o suave verso, refaz a confiança, seduz o meigo coração, aquece e avança, permanece mansa, agradece, dança.
 
* Era Natal, George Michael partiu.
Ilmar
Enviado por Ilmar em 26/12/2016
Reeditado em 26/12/2016
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