LÍNGUA PORTUGUESA - PARTE XVI UM ESTUDO SOBRE A GRAMÁTICA

A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e combinadas entre si. A Sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e orações. A Sintaxe é a parte da língua que estuda as relações dos componentes que integram uma oração. E também as combinações que as orações constituem entre si na formação dos períodos. Logo, a maneira pela qual se dá os ajustes das informações em orações ou períodos é a pretensão de estudo da Sintaxe. A palavra Sintaxe deriva do latim sintaxis que, por sua vez, tem origem num termo grego que significa “coordenar”. Trata-se da parte da gramática que ensina a coordenar e unir as palavras para formar as orações e expressar conceitos. A Sintaxe é pertencente ao campo da linguística, estuda as regras que governam a combinatória de constituintes e a formação de unidades superiores a estes, como é o caso dos sintagmas e das orações.

De acordo com o filólogo e linguista norte-americano Leonard Bloomfield (1887-1949), a Sintaxe é o estudo de formas livres compostas completamente por formas livres. Esta noção é conhecida como estruturalista. As formas mais pequenas em que uma forma mais ampla se pode analisar são os seus constituintes sintáticos, isto é, uma palavra ou sequência de palavras que funciona em conjunto como uma unidade dentro da estrutura hierárquica de uma oração. O paradigma atual da ciência refere-se à gramática generativa, que se centra na análise da Sintaxe como constituinte primitivo e fundamental da linguagem natural. Por outro lado, convém destacar que a análise sintática de uma frase corresponde à procura do verbo conjugado dentro da oração, para estabelecer uma distinção entre o sintagma nominal (sujeito) e o sintagma verbal (predicado). Nesse sentido, uma vez localizado o verbo, pergunta-se quem realiza a ação. A resposta prende-se com o sujeito, ao passo que o resto se prende com o predicado.

Outros estudos da Sintaxe, além da análise sintática dizem respeito à análise dos períodos simples e compostos, concordâncias nominal e verbal, regências nominal e verbal, além do estudo da pontuação e do fenômeno da crase. Esses últimos podem ser inseridos como objetos de discussão da Sintaxe porque ao ser utilizados exigem conhecimento das estruturas sintáticas, das combinações dos elementos na frase.

Dito mais claramente, a Sintaxe é a parte da Língua Portuguesa que trabalha com a disposição das palavras em uma frase e a lógica entre elas. Ela é muito importante para compreender a combinação de orações e palavras. Nos estudos gramaticais a Sintaxe é estudada por meio da análise sintática para analisar o sujeito, o predicado e os termos acessórios de uma oração.

Se fôssemos dizer muito da Sintaxe ficaríamos com essa discussão durante uns duzentos ou trezentos artigos, porém, como nossa intenção principal é somente clarear a divisão gramatical da Língua Portuguesa, iremos, portanto, realizar dois breves e sucintos tópicos da Sintaxe: a Sintaxe de concordância verbal e nominal.

A concordância de uma frase ocorre quando há determinada flexão entre dois termos e ela pode ser caracterizada como verbal ou nominal. É a responsável pela harmonia na construção de uma frase na língua portuguesa.

Dessa forma, na concordância verbal o verbo é flexionado para concordar com o número e a pessoa do seu sujeito. O verbo representa o subordinado e o sujeito o item subordinante. E a concordância nominal trabalha a relação de um substantivo com as palavras (adjetivos, particípios, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos) que o caracterizam.

Gilson Vasco
Enviado por Gilson Vasco em 31/03/2017
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