Avaliação dos alunos (4)

Se refletirmos um pouco, facilmente concluiremos o quão absurda é a classificação dos alunos, dentro do ensino básico obrigatório.

Classificar é ordenar, para os devidos efeitos.

Acontece que, no ensino básico obrigatório, porque é obrigatório, os devidos efeitos não existem.

O que existe são os efeitos indevidos, que já enunciámos em texto anterior (Avaliação dos alunos 2) e que poderemos explicar em textos futuros, caso nisso algum interesse se manifeste.

A natureza da obrigatoriedade do ensino obrigatório e a natureza da não obrigatoriedade do ensino não obrigatório deveriam determinar, só por si, o exclusivo da avaliação, naquele, e, neste, a coexistência da avaliação e da classificação (para os devidos efeitos).

Acresce ainda que, para além de todos o efeitos indevidos, a classificação, para espanto de mais que muitos, é algo que nada tem a ver com a pedagogia ou a didática, sendo completamente estranha ao processo ensino-aprendizagem. O que verdadeiramente conta neste processo é a monitorização: planificação-informação-teste-correção-planificação… , ou seja, aquilo a que muitos chamam a avaliação formativa.

Conclusão: a classificação não só não é avaliação (podendo ser consequência desta, no caso de haver os devidos efeitos) como até é altamente perturbadora do processo educativo e de aprendizagem.

Blabladur
Enviado por Blabladur em 26/11/2016
Reeditado em 30/11/2016
Código do texto: T5835281
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.