Polissemia, Homonímia & Homônimas Homófonas

Eis a riqueza, da nossa língua portuguesa,

Material do meu trabalho e campo árduo do conhecimento.

Observo quem "vela", à fim de vigiar,

Admiro a "vela" no barco a sacolejar,

Acendo uma "vela" para ter um romântico jantar.

Trabalho duro no "cabo" da enxado,

Leio sobre as navegações no "cabo" da boa esperança,

Cumprimento meu amigo soldado que acaba de ser promovido à "cabo"

Brigo com a imposição de um "cabo" eleitoral qualquer,

Assistindo na tv à "cabo" suas mentiras repetidas.

Sinto "pena" da população menos instruída,

Gostaria de vê-lo cumprir "pena" pelo seu abuso,

Mas a "pena" que escreve as leis estão nas mãos de quem mais erra,

Cansado de tudo, sento-me no "banco" da praça para descansar,

E observo um "banco" sendo invadido e roubado por ladrões bem armados.

Penso comigo, chupa essa "manga" sr bancário,

O medo me invade e um frio repentino me toma, tanto que preciso de uma camisa de "manga" longa pra me aquecer,

Vejo o confeiteiro da padaria usando a "manga" para seus doces decorar,

Na cozinha "cozem" coisas para comer,

Na fábrica "cosem" roupas para o povo aquecer,

Não sei de mais "nada", afinal,

Ninguém "nada" com esse frio,

Parei de me "importar" com tudo,

Mesmo sabendo que continuarão a "importar" seus carros, roupas...

Queria "acender" uma fogueira e "ascender" aos céus,

Queria "concertar" nossos ideais,

E "consertar" todos os nossos erros do passado,

Me cansei de tentar desatar esse "laço",

Tanto que me entrego ao "lasso" dessa labuta.

Fui vencido pela grande riqueza da nossa língua portuguesa...

Paulo Francisco dos Santos
Enviado por Paulo Francisco dos Santos em 23/07/2016
Reeditado em 23/07/2016
Código do texto: T5706640
Classificação de conteúdo: seguro