Coisas raras

Passei a buscar mais por bancas de jornais do que por dinheiro.

Ficava feliz quando via alguém abrir um jornal na rua e lê-lo distraidamente mesmo correndo o risco de ser atropelado.

Essas pequenas coisas me traduziam a verdadeira felicidade.

Coisas poucas que ninguém mais dava valor.

Eu sempre gostei do raro, sempre me conectei mais a ele.

Ler um jornal num assunto qualquer, folheá-lo enquanto degustava do café quente que roçava na garganta. Isso era atraente e positivo na minha vida.

Thina Freitas
Enviado por Thina Freitas em 18/07/2017
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