Um pé de quê?

Em um vale...

Um lugar muito distante, debaixo de uma grande serra de pedras, morava dentro de um grande rio chamado Castanhão, vivia uma grande árvore,poderosa e com poderes mágicos assim como as bicicletas...

Limoeiro...

Suas grandes folhas verdes que por elas escorriam limonada, ela era a fonte de vida daquele vale que permanecia verde mesmo no tempo de estiagem e grande seca, chamando atenção de curiosos seres estranhos, que ficavam horas no alto da serra admirando-se daquela linda paisagem.

Nos arredores do vale tinha plantas com grandes olhos vermelhos que ficavam protegendo os caminhos de seres de outros vales, eles poderiam roubar sua beleza, já quê, não existia nenhuma beleza semelhante!

As manhãs no vale, céu azul celeste, vento que vinha de longe, muito longe, uma província por nome de Aracati, faziam rodamoinhos cantando a canção da natureza...

Existe uma lenda, os seres que ficam no topo da serra sempre falam...

'Quem do suco das folhas do Limoeiro bebe, raiz torna-se'

Pode ser apenas lenda de seres assustados, mas o que realmente acontecia naquele vale era misterioso...

Um grande rio em forma de Castanhão dentro dele uma grande árvore que das folhas saem limonada sem nenhum limão, e pela superfície do rio andam bicicletas falantes e coloridas, o lugar mais lindo e perfeito!

Certo dia um ser muito corajoso, destemido, e que dentro dele existia algo bom, o seres bons chamavam de sentimento, e esse mesmo sentimento tinha outro nome 'Amor', ele desceu pelo o caminho de pedras olhando nos grandes olhos vermelhos das plantas, escorregando pelas pedras de pontas afiadas e com dentes, mas ele era forte e cuidadoso, chegando no vale todo cortado e machucado, na borda do rio Castanhão, cansado ele sentou,foi até sua mão direita uma folha generosa do Limoeiro matando a sede daquele ser com um refrescante suco de limão, tornando-o raiz, suas lagrimas escorreram pra dentro do rio, separando-o da árvore das bicicletas e de todos que naquele vale existia, o castanhão era doce jamais poderia misturar-se as lagrimas daquele ser, então ele foi viver em um outro vale, encontrando assim seres diferentes, no qual aprisionaram o rio, fazendo barreiras para que nunca mais mais volte a Limoeiro...

O rio Castanhão um dia foi forte e cheio, ouvir falar que hoje ele chora seco!

Limoeiro por sua vez tornou-se azedo, suas folhas sobreviviam com as gotas que restavam, até que uma grande invasão ao vale foi feita pelos seres estranhos, bebendo as últimas gotas das folhas, tornaram-se raízes, onde era um vale de limonada transformou-se em terra, pó...

As chuvas estiaram, as bicicletas perderam os poderes para motores que fazem barulho, as plantas cegaram os olhos, as pedra fecharam a boca, e o lindo e grande Limoeiro tornou -se uma grande lenda, foi posto o machado na sua imensa raiz apodrecendo seu vale, com seres que jamais saberão seu inestimável valor, aquela limonada que escorria de suas folhas que era adoçado pelas águas doce do grande e forte rio Castanhão, talvez eu nunca beba!

Obs: A melhor fase da escola é quando as professoras contam para nós história da nossa cidade, eu sou Potiguá, mas a alma é limoeirense!

Cristina Campo Bello

Cristina Campo Bello
Enviado por Cristina Campo Bello em 14/08/2017
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