O período na faculdade é considerado um dos momentos mais importantes na vida de um jovem universitário. É a concretização de um sonho, as novas amizades, novos desafios, fortalecimento de nossa identidade. Há quem diz que é a melhor fase da vida e que deve ser aproveitada ao máximo, é um momento cheio de responsabilidades e compromissos tanto com você mesmo quanto com seus colegas, afinal são dois, quatro, cinco, ou até mais tempo trabalhando em equipe. Mas como dar conta de tudo isso?

A maioria dos jovens sentem-se inseguros e ansiosos em relação ao futuro: conseguir um estágio remunerado, quitar as mensalidades do curso, sair com os amigos, descansar, namorar, curtir a família, e ainda se integrar as novas plataformas digitais do momento e a cada dia se reinventar. Tem muito ainda a ser feito, dessa forma, muitos jovens, se sentem incapazes diante de tantas obrigações, além da competividade nos dias atuais, e a disputa acirrada por vagas no mercado. Alguém já parou para imaginar a pressão psicológica que um universitário deve sofrer?

A saúde mental do estudante é um assunto pouco abordado na mídia em geral, e quando falado é apenas objeto de estudo em trabalhos acadêmicos, no entanto, o assunto não é discutido nas universidades de maneira didática e abrangente.

Durante essa etapa jovens desenvolvem síndrome do pânico, crises de ansiedade ou até mesmo quadros de depressão, geralmente confundidos apenas como mal-estar, estresse ou cansaço em excesso. Ou seja, além de pouco abordado dentro e fora do ambiente estudantil, a saúde do aluno é considerada banal, e o sentimento de culpa por não dar conta de tudo afeta a estabilidade emocional do aluno.

Questionada sobre a importância da discussão sobre a saúde do estudante durante o período na universidade, a coordenadora clínica Carolina Klomfahs, da Escola de Psicologia do Complexo Educacional FMU, diz: “Acreditamos que a abordagem de questões como depressão e ansiedade e outros temas, devam ser abordados. Na psicologia, faz parte do conteúdo programático. A FMU já faz campanhas, como por exemplo, Setembro Amarelo, entre outros”.

Já para o estudante de comunicação social, Matheus Santos, 21, a pressão social, não existe apenas por parte de sua família que foi contra sua escolha, mas também dele próprio, “sinto uma pressão por minha parte, como ninguém da minha família é graduado e todos foram contra a minha faculdade por eu ter escolhido a área de comunicação, sinto uma pressão por fazer a minha carreira dar certo por ser justamente a minha única opção; sou eu por mim mesmo e preciso fazer que tudo corra bem”.
 
 
Andressa Sales
Enviado por Andressa Sales em 09/10/2017
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