Entrevista com O Poeta e Escritor Miguel Carqueija



Um papo bem interessante com um Poeta e Escritor especializado em contos de vários estilos que retomou a poesia através do “Recanto das Letras” , é um estudioso e admirador de séries japonesas, fã da italiana Rita Pavone,vale a pena conhecer e aprender com Miguel Carqueija...


FB – Pergunta inicial que faço a todo entrevistado: Como foi a infância de Miguel Carqueija?

MC – Fabio, eu de fato não gosto de falar muito nisso. Não guardo muitas boas lembranças de minha infância, que me parece muito sofrida. Lembro, sim, de coisas que eu peguei e que se foram sem a gente sentir: jornaleiros ambulantes, os geleiros que vendiam gelo para colocar nas geladeiras – quando eu era bem pequeno, meus pais tinham uma geladeira de gelo, ou seja, não era elétrica. Era preciso comprar gelo para resfriar a comida, claro que ele derretia e tinha de ser substituído. Mas logo em seguida veio a geladeira elétrica. Televisão só entrou quando eu tinha 10 ou 11 anos e telefone nunca tivemos. Nunca andei de bicicleta, mas de velocípede: com três rodas, não se caía. Na escola tive inúmeros problemas já que a minha personalidade, hoje reconheço, era assaz difícil. Há coisas que só com o tempo e a vida a gente aprende a apurar.

FB– Na infância já existia algum indício que o conduzisse a literatura?

MC – Sim, porque eu já sabia ler com cinco anos. Gostar de um autor em especial, já comecei cedo a gostar: no caso Thales Andrade, com sua série infantil “Encanto e verdade” que a Melhoramentos editava e que trazia valiosos ensinamentos de amor à natureza e outros valores. O primeiro desses livrinhos que minha mãe me comprou foi “Árvores milagrosas”, que se referia às laranjeiras.

FB – Onde buscou referências para iniciar sua carreira como escritor e de onde vieram os primeiros incentivos?

MC – Por incrível que pareça em minha fase de adolescente haviam diversas revistas policiais – como Meia-Noite, X-9 e Ellery Queen, sendo vendidas nas bancas, e a leitura dessas publicações – havia histórias realmente bem escritas e fascinantes – me incentivou a escrever contos do gênero, infelizmente não foram grande coisa e nem os conservei. Logo meu interesse derivou para a ficção científica, pois alguns textos nessas revistas eram dessa modalidade. Comecei a comprar livros de bolso de FC, alguns vendiam nas bancas. Lembro que o primeiro foi um abacaxi intitulado no Brasil “Pânico na Terra”, de R.Lionel Fanthorpe, um autor obscuro pelo menos para nós, talvez um pseudônimo, pois muitos desses escritores trabalham com vários nomes. Era uma edição da antiga Série Futurâmica, que aos poucos fui localizando, acompanhei também a Coleção Galáxia lançada pela Rio Gráfica. Autores que realmente me influenciaram foram Clifford D. Simak, J.T. Mc Intosh, Robert Heinlein e F.Richard-Bessière, entre outros.

FB – Como conheceu o site “Recanto das Letras”? Dentro desse espaço literário quem destacaria?

MC – não me lembro exatamente como, creio que eu já o tinha visto, mas quando soube de alguns autores de ficção científica nele, resolvi experimentar e abri minha escrivaninha em 2013.

FB – Você é essencialmente um escritor de contos com vários livros publicados e começou a enveredar para o lado da poesia através do “Recanto das Letras”,como está sendo esta adaptação? Está curtindo fazer poesias como faz os seus contos nos mais variados estilos?

MC - Na verdade eu faço poesias há muito tempo, desde a década de 80. Nunca me entusiasmei muito, parei por largos períodos e às vezes me vinha uma idéia esporádica. Ainda me considero mais contista e novelista, e agora também crítico literário e cinematográfico. De fato, foi a estada no RL que me incentivou a reiniciar os poemas, que antes eram bem poucos. Descobri uma facilidade que não conhecia. E, o retorno de leitores, especialmente leitoras, que dificilmente lêem minhas histórias e resenhas, vem sendo gratificante.

FB – Quais são suas preferências na literatura atualmente? Cite os antigos e os que considera mais promissores... Quantas obras possui publicadas no momento?

MC – Fabio, é um pouco difícil responder porque eu me interesso por diversos gêneros, inclusive a divulgação científica. Assim, gosto de C.W. Ceram, do Abade Moreux, Clifford D. Simak, Erle Stanley Gardner, John Dickson Carr, Ray Bradbury, Thales Andrade, Agatha Christie, Gustavo Corção, Padre Artur Alonso, Professor Felipe Aquino, Malba Tahan, São Tomás de Aquino, Dostoievski, Jane Austen, Edgar Allan Poe, J.R.R. Tolkien, Dorothy L. Sayers, Guimarães Rosa, Cecília Meireles e muitos outros, evidentemente. Hoje em dia, com a facilidade de publicar pequenos textos na internet é impossível responder. Mas, tenho 12 livros de papel publicados, a maior parte edições amadoras restritas, profissionalmente apenas "Farei meu destino" e "O estigma do feiticeiro negro", este último em co-autoria com Melanie Evarino, minha enteada. Fora mais de 30 edições pela internet (inclusive um livro sobre religião, "Deus existe", pela editora virtual Agbook), e mais de trinta participações em antologias de papel e virtuais, algumas profissionais como a mais recente "Flores de Natal", antologia poética da Darda; e um conto filmado em curta-metragem, "O tesouro de Dona Mirtes".


FB – Uma coisa que me chamou atenção em você e despertou-me a vontade de entrevistá-lo é a sua habilidade em compor resenhas sobre séries de TV, principalmente séries japonesas. O que tem estes seriados que atraem tanto seu interesse? E quais são os seus favoritos dentre os mais atuais e os antigos?

MC – isso é uma longa história. Estamos falando de seriado de animação. Em criança assisti duas longa-metragens japonesas de animação, “O menino mágico” e “Alakazam no reino mágico” que passaram nos cinemas. Gostei de ambos, mas não houve continuidade e só muito depois, pelos anos 70 e 80, as séries japonesas começaram a ser conhecidas. Antes é claro havia os doramas, tipo Nacional Kid (que era um verdadeiro abacaxi), mas as séries animadas vieram depois. Lembro que não gostava delas: toscas, mal movimentadas, repletas de violência. Não havia comparação possível com Walt Disney e os desenhos da Warner com a turma do Pernalonga. Havia por exemplo o Cyborgue, e as características (presentes tambem, posteriormente, nos super-heróis norte-a mericanos) eram monstruosidades e brutalidades. Nos anos 90 a coisa piorou com a chegada em grande estilo dos Cavaleiros do Zodíaco. Eles eram e são, pura apologia da violência e do paganismo. Vieram acompanhados de grande popularidade, que se repetiu no Brasil. Só consigo atribuir isso ao gosto de que parte de nossa juventude tem pelos filmes de violência. Assim, eu detestava desenho japonês.
A coisa esta nesse pé na segunda metade de 1996 quando uma tarde reparei que minha enteada Mélanie, então com 4 anos, estava entretida diante da tv assistindo um desenho que eu não conhecia. Minha esposa explicou que se tratava de uma nova heroína, a Sailor Moon. Aquele nome tão diferente chamou a minha atenção, bem como o visual da heroína e a música, e a transformação dela. Eu nada sabia da trama, do enredo, mas procurei assistir e logo estava interessado em saber mais, pois Sailor Moon era diferente de tudo o que eu conhecia. Uma super-heroína com poderes sobrenaturais, mas adolescente e que podia chorar e sentir medo. Então um estagiário, no local onde eu trabalhava, arranjou-me algumas fitas de vídeo copiadas da televisão (passava na extinta Manchete, e naquele tempo as pessoas podiam copiar filmes e programas no vídeo-cassete) com quase todos os episódios da série, ou do que pensávamos ser toda a série, pois a Manchete só passou a primeira fase e fizeram mais quatro, que só chegaram no Brasil pela Record por volta do ano 2000, se não me engano.
Assim eu pude conhecer a saga e, inclusive, cenas antológicas como o duelo final entre Sailor Moon e a grande vilã da primeira temporada, a Rainha Beryl – uma sequência apoteótica que, só por si, vale assistir o seriado.
A partir daí comecei a prestar atenção nas séries japonesas, atentando que existem, é claro, diversas linhas. Dei preferência à linha “shojo” de heroínas, em geral mais literária (isto é, com enredos mais consistentes) que a linha “shonen” (de personagens masculinos como os cavaleiros e Dragon Ball) e principalmente por apresentar sentimentos muito profundos e personagens que distinguem com muita clareza entre o que é certo e o que é errado e até dizem coisas admiráveis. Mas existem outras linhas além dessas duas.
Dentre as séries que eu pude conhecer destaco, entre as minhas favoritas, Ga-Rei, Blue drop, Gunsliger Girl, Cowboy Bebop, Inuyasha, Guerreiras Mágicas de Rayearth, Canaã, Gene Shaft, Shangri-la, Mai Otome, Nana, Crônicas de Tsubasa, Kobato, Utena, Psycho Pass e Angelic Layer, além é claro de Sailor Moon. E o caso especial de ROD, das manipuladoras de papel, mulheres de grandes poderes mas que nada têm de violentas.Podem crer, é um universo muito rico e que vale a pena conhecer.

FB – Uma característica forte de sua personalidade é sua identidade religiosa,você se declara católico convicto . Quais as questões do catolicismo você mais defende? Questiona alguma? Como você enxerga o avanço de outros seguimentos religiosos e de que forma seria possível que houvesse uma convivência pacifica diante das visões diferenciadas que as pessoas possuem de chegarem a Deus?

MC – Entendo que devemos estar ao lado do Papa, para isso ele é o Vigário de Cristo e sua eleição é guiada pelo Espírito Santo, coisa que muita gente não compreende e julga tratar-se o conclave de simples eleição política. Não é. A prova disso é que ninguém se candidata, nenhum cardeal deseja ser papa e se deseja, não exprime. Tanto isso é verdade que é rigorosamente proibido fazer campanha eleitoral, o que invalidaria a eleição. O cardeal que desejasse o Papado daria excelente prova de loucura, pois todos têm idade avançada e o ônus da Santa Sé é incomensurável pelas nossas medidas. Além disso seria revelar um espírito de ambição e soberba incompatível com a nossa religião. Por exemplo, o Cardeal Joseph Ratzinger, reconhecido por sua santidade e cultura, autor de mais de cem livros, era o fiel braço direito de S.João Paulo II e com sua morte ia se aposentar e descansar. Quando acaba foi eleito papa aos 78 anos e renunciou oito anos depois porque a idade já pesava em demasia. Outro ponto que eu faço questão de defender é a vida humana desde a concepção, pois matar o concepto, pelo aborto, é a maior covardia que o ser humano pode cometer, pois que possibilidade tem o nascituro de se defender de médicos assassinos? Outro dia eu estive assistindo o documentário “O grito silencioso” do Dr. Bernard Nathanson, que foi nos Estados Unidos o Rei do Aborto até o dia em que resolveu estudar Embriologia e descobriu que ele era, na verdade, um assassino. Nathanson pôs-se então a defender a vida intra-uterina e a denunciar o horror do aborto.
Eu não questiono nenhum dogma, nenhuma doutrina oficial da Igreja pois, se o fizesse, não seria plenamente católico. Já expus o fundamento disso num artigo intitulado “A Igreja Católica e a indentidade do hipopótamo”. Você não pode chegar para um hipopótamo e dizer que ele não é hipopótamo. Da mesma forma, ou você é católico ou não é: trata-se do princípio da identidade. Infelizmente já ouvi de pessoa que se diz católica que não se interessa em ler o Evangelho porque “aquilo foi escrito pelo homem”. Mas qual o fundamento de se dizer católico se não lhe interessa nem conhecer a história de Jesus Cristo? E quando não sabe sequer o que é uma missa? Existem “católicos” assim e bem alertou bento XVI sobre a ignorância religiosa, um dos grandes males da atualidade.

FB – Já sofreu alguma perseguição por convicções políticas ou religiosas?

MC – perseguição mesmo acho que não. Insultos e discriminações, já.

FB – Você possui uma postura direitista e apoiou o impeachment da Presidente Dilma. O afastamento aconteceu, um vice que não foi eleito de forma democrática assumiu,os escândalos de corrupção fervilharam ainda mais, direitos trabalhistas e programas sociais estão ameaçados e alguns foram extintos. Valeu a pena?

MC – Fabio, sei que você e eu divergimos e muito, em matéria de política. Mas para responder este item devo dizer que não concordo com as premissas. Por exemplo, não sei se a minha postura é direitista. Acho muito clichê dividir a humanidade em direita e esquerda, aliás atualmente o centro vem sendo sistematicamente esquecido e também existia. Mas acho que as coisas não são tão simples assim. Eu não me declaro da direita, e sim católico e conservador. De resto os extremos se tocam e na questão do aborto, por exemplo, tanto a extrema esquerda comunista como a extrema direita nazista são ferozmente a favor da matança dos inocentes; como católico eu sou plenamente a favor da vida humana desde a concepção. Lembro também que Hitler e Stalin trocaram um brinde, isso foi filmado, no começo da Segunda Guerra eles eram aliados.
Eu não apoiei o “impeachment” de Dilma, mas o seu impedimento e defendo o abandono completo desse estrangeirismo. Mas em suma, apoiei o afastamento. Ora bem, o governo petista teve 13 anos para colocar o país nos trilhos após as arbitrariedades de Fernando Henrique Cardoso (outro líder da esquerda) e o que fizeram além das bolsas-família que tanto contribuíram para afastar pessoas do mercado de trabalho? Pois sei de fonte limpa de empregos oferecidos e recusados, pois para muita gente vale mais a pena receber as bolsas. Simples assistencialismo pode até ajudar muita gente mas não resolve o problema. Senão vejamos: na educação, as escolas continuaram um caos, com professores recebendo salário de fome e a violência campeando nas salas de aula e em redor. O que o PT fez foi tentar impor a macabra ideologia de gênero, que vai contra a própria Ciência, pois consiste em ensinar as crianças que elas não são meninas nem meninos, apenas crianças, e que depois é que vão “escolher’ o gênero a que pertencem, veja bem, gênero, não sexo, pois se pretende negar até a humanidade das pessoas. Já agora inventaram que a vagina é o “buraco da frente” só para não ter de admitir que existem mulheres e homens, e não somente pessoas. Ora, eu não posso negar que sou homem, os meus cromossomas dizem isso.
Na questão do sistema medico-hospitalar: a rede pública continua sucateada, os médicos recebendo mal e porcamente (os deputados e senadores, inclusive os do PT, se fartam de mordomias) e falta até esparadrapo nos hospitais, faltam leitos, as pessoas morrem à mingua de socorro nos corredores, todo mundo sabe disso.
Finalmente, para não nos alongarmos em outros assuntos como estradas, habitação, saneamento básico, ecologia, fiquemos na segurança pública. A situação já era horrenda mas ficou ainda mais no petismo. Os crimes aumentaram, inclusive o crime organizado. Que fez o PT? Desarmou a população, mas os bandidos não se desarmaram. E por incrível que pareça no governo de Dilma recrudesceu a violência contra mulheres.
O fato é que o PT lançou o país na baderna. Ora, você diz que “um vice que não foi eleito de forma democrática assumiu”. Afirmação contraditória pois, se Temer era o vice da Dilma, então ele foi eleito de forma democrática. Isso é óbvio. Temer recebeu 54 milhões de votos. Como vice ele tinha de assumir, como outros assumiram. Então, Itamar Franco e João Goulart também foram golpistas?
Quanto à pergunta que você fez: valeu a pena, sim. Foi o povo que pediu nas ruas a saída de Dilma e do PT. E o povo confirmou isso nas eleições municipais, varrendo o PT, que antes possuía mais de 600 prefeituras e hoje tem menos de 300. Valeu a pena, ficamos livres desse partido socialista. Não estou satisfeito com o governo Temer, embora ele tenha de fato realizado algumas coisas muito certas, por outro lado entendo que a questão da Previdência está sendo mal conduzida e também não concordo que gente com o passado de José Serra e Moreira Franco pegue ministérios. Mas veja bem, a análise do governo Temer não tem nada a ver com a legitimade de sua posse e do bendito afastamento de Dilma Rousseff.

FB – O que esperar de um país com um Presidente e seus ministros com nomes na lista da Odebrecht, investigados na Lava Jato e envolvidos até o pescoço nos esquemas mais sujos de corrupção que se possa imaginar?

MC – Fabio, para citar a Lava Jato é preciso entender que ela incrimina o PT até a medula dos ossos. O Temer ainda não foi citado judicialmente, como ocorreu com o Lula. O PMDB até o ano passado era aliado do PT no governo. Agora é tudo de ruim para os petistas. Acho que aos petistas falta um mea-culpa. Veja o caso daquele senador Delcidio, que foi preso e cassado. Quando ele começou a fazer delações contra o governo a Dilma saiu-se com essa, que ele era mentiroso. Acontece que Delcidio era o líder do governo petista no Senado. Fatos dessa natureza não podem ser ignorados.
Você pergunta o que eu espero. Ora, eu espero 2018. Há pelo menos dois bons nomes em quem eu votaria para a presidência: Marina Silva e José Antonio Reguffe. Não sei se algum deles vai se candidatar. Mas, Temer está apenas, na qualidade de vice, completando o mandato da Dilma. Não sabemos ainda que governo virá, mas peço a Deus que não seja nem do PT e nem do PSDB. A propósito, uma das estranhas contradições que hoje ocorrem no país, e que parece muita gente não notou, é que o PSDB entrou com representação junto ao STE para cassar a chapa Dilma-Temer de 2014, o que pode resultar no afastamento de Temer; mas esse mesmo PSDB tem ministros no governo Temer. Vá entender...

FB – Quais os caminhos que o cidadão Miguel Carqueija enxergaria para que o Brasil pudesse se livrar desse momento de crise que se enfrenta e quem seria em sua percepção e vivência um bom nome para governar este país?

MC – Acho que já respondi, inclusive o Reguffe me chamou a atenção por recusar as mordomias, inclusive carro oficial, motorista e 55 assessores no senado (ficou só com 12), ainda por cima recusou o plano de saúde e a aposentadoria de parlamentar. Um homem assim honesto daria um bom presidente. No mais, devemos entender que não se pode governar sem Deus ou contra a lei de Deus, isso não dá certo. O Estado pode ser leigo, isso é justo, mas o País não é leigo. Dirigentes e legisladores que amam a Deus não podem aprovar leis contrárias à vida e à moral, como o aborto e a ideologia de gênero. Não podem liberar o uso de drogas. Não podem cercear a Fé religiosa. Não podem incentivar a promiscuidade sexual com a distribuição de camisinhas no carnaval. São valores inegociáveis.

FB – O que poderia ser feito em sua opinião para fazer com que nossas crianças e jovens se interessassem pela leitura?

MC – Eu já lia com cinco anos e lia livros. Creio que o exemplo tem de partir dos pais. Penso também que crianças não deveriam usar celular e muito menos o stupidphone, que isso hipnotiza, imbeciliza e tira o interesse pela leitura e pelo estudo.

FB – Tem algum sonho que pretenda realizar?

MC – A essa altura da minha vida? Você está falando com um homem sem ilusões, a quem a vida tudo negou, amargurado e que só na Fé Católica encontra o sustento. Se eu não aceitasse Jesus Cristo, não sei o que restaria de mim na vida. O meu grande sonho em termos puramente de vida terrena – conhecer pessoalmente a Rita Pavone – realizou-se em 1987.


A seguir, um jogo de respostas rápidas que adotei em minhas entrevistas depois que fui entrevistado pela colega Norma Aparecida Silveira Moraes e que faço agora com o Poeta e Escritor Miguel Carqueija:

FB – Um lugar... MC - O CÉU

FB – Aroma agradável... MC - FLORES

FB – Um livro... MC - CURSO DE APOLOGÉTICA CRISTÃ, do Padre Duvivier S.J.

FB – Um homem... MC - WALT DISNEY

FB – Uma mulher... MC - RITA PAVONE

FB – Nota dez... MC - PAPA BENTO XVI

FB – Nota zero... MC - MADURO

FB – Um perfume... MC - NÃO ENTENDO DESSE ASSUNTO

FB – Deus ... MC - O QUE DIZER SOBRE DEUS? É UM SER INFINITO SIM, MAS PESSOAL, NÃO UMA SIMPLES FORÇA OU ALGO INTERIOR DA PESSOA. Isso é um ponto fundamental.

FB – Uma música... MC - QUESTO NOSTRO AMORE com Rita Pavone

FB – Um poema... MC - TAMERLÃO de Edgar Allan Poe

FB – Brasil ... MC - Temos de pensar no que existe de bom nele, como a literatura de THALES ANDRADE

FB– Pensamento... MC - PRECISAMOS PLANTAR AMOR CADA VEZ MAIS, POIS VIVEMOS A CIVILIZAÇÃO DA INTOLERÂNCIA, ENCORAJADA PELAS REDES SOCIAIS.

FB – Futuro MC - A ERA MARIAL prevista por SÃO LUIZ GRIGNON DE MONTFORT

FB – Família MC – vivemos hoje o mais importante combate da História: a defesa da família que as forças do socialismo e do liberalismo desejam destruir totalmente, e há até textos que dizem isso claramente.

FB – Mensagem aos Leitores do “Recanto das Letras”

MC -, Mando daqui abraços e beijos aos leitores e às leitoras do Recanto das Letras, em geral colegas com suas escrivaninhas. Nunca obtive tantas amizades, e tão sinceras, como as que surgiram por aqui. Recebi um grande incentivo e devo dizer que, o tempo que eu passo na internet, em sua maior parte é no Recanto. Que Deus abençoe e proteja a nós todos. Mando um abraço especial para você, Fábio, e parabéns pelo seu caráter democrático, algo que está se tornando muito escasso no mundo moderno, afogado em radicalismos que geram violência, quando o que nós precisamos é da verdadeira Paz que só surge através dos corações desarmados e abertos para o amor universal.


*Se eu não aceitasse Jesus Cristo, não sei o que restaria de mim na vida.  (Miguel Carqueija)
Fábio Brandão
Enviado por Fábio Brandão em 11/03/2017
Reeditado em 11/03/2017
Código do texto: T5937629
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