AUTOCONHECIMENTO, SOLUÇÃO PARA A VIDA PLENA.

Dr. Márcio – Meus pais me ensinaram desde pequeno, que eu não devia fingir que era uma pessoa soberba, que deveria procurar me achar e obter o conhecimento, que a minha vida exigisse. Não me julgo um ser perfeito, mas fico indignado com tantas falsidades, exibicionismo e agora ter que procurar candidatos de um passado tão desonesto, fingindo serem corretos. Como o Senhor vê isto? – Carlos.M.E.

Carlos – Conheço-o desde os primeiros anos que mudei para Araras e sei que você é uma pessoa muito correta, não se envolvendo com coisa que nos “fazem de contas”.

Estou vendo, só para início de conversa, sobre os debates da fixação da idade penal. Se formos pensar bem, os criminosos têm duas causas para agirem assim: são doentes mentais necessitando de tratamento, ou internação permanente, se forem portadores de doenças graves, ou se forem malcriados, razão que faz dos seus pais cúmplices.

Com esta declaração, não pretendi julgar os pais, pois muitos agem com imensa morosidade, mas os “amigos” do dia a dia podem torná-los desequilibrados para o mal, principalmente quando os países sofrem com crises financeiras e políticas desonestas, mal instituídas, como estamos vendo no mundo inteiro.

Ao longo do tempo as tentativas de achar soluções para estes problemas, tem levado a Psicoterapia, parte dos tratamentos psicológicos e Psiquiátricos em geral, a partir de um tratamento pré estabelecido por pesquisadores que viveram em outras épocas, criando caminhos inadequados, não seguidos, muitas vezes até transformando o cidadão numa espécie de robô “socialmente aceito”.

Felizmente pesquisadores recentes têm criado novas maneiras de abordagens dos problemas psíquicos, que apenas inquirem os clientes, permitindo que eles se encontrem e partam para uma vida boa, sensata, sem se tornarem “galinhas que vão com as outras”.

Uma das técnicas mais adotadas pelos profissionais sensatos é a da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental, onde o próprio paciente acha o seu caminho e as suas correções.

Porém, na verdade, nem todos que precisariam destas terapias, tem dinheiro para custear tais tratamentos e outros ainda que com dinheiro, vão em busca de normas, que os fazem falsos corretos e acabam abandonando tudo, ao perceberem que foram desmascarados pela sociedade consciente, vivendo um faz de contas, com a sociedade falha.

Quero relatar, o que pode, como tem acontecido ocasionalmente, criar na cabeça dos que vivem (?) fingindo ser, que sequer deixam os outros se manifestarem, falando mil asneiras por segundo, criticando tudo, para que creiam serem os melhores. Não me preocuparei com isto, pois tenho como comprovar minhas afirmações.

Venho aprendendo com minhas “encucações” sadias, com pessoas equilibradas e Psiquiatras, a fazer a Terapia Cognitivo-Comportamental de uma forma mais concentrada, ensinando as pessoas a se verem, sem receio algum, entendendo que Deus só existe no Céu, como dizem e que erros são as coisas mais frequentes que cometemos e que não temos que nos punir por isto, mas continuar buscando o acerto.

Mesmo aqui e em outras publicações, admiti a frase certa de que “O ERRO É O COMEÇO DOS ACERTOS”, o que é a maior realidade, muitas vezes explicada por alterações psíquicas como causa.

Assim, aprendi internamente a fazer em cada consulta psiquiátrica uma Abordagem Cognitivo-Comportamental, que copiei uma expressão inglesa para apelidá-la. Chamo de “DO IN”, que indica Trabalho Interno, isto é: olhar para dentro e se ver, corrigir-se, aprimorar-se e discordar desta vida inadequada em que muitos vivem, sem ocasionar auto-punições, mas a alegria de encontrar caminho saudável.

Há quinze dias eu comecei um tratamento de uma senhora e ao final da consulta ela me disse: “Doutor, eu tinha muito medo de consultar um psiquiatra, pois meu sobrinho me disse que começou um tratamento e o Psiquiatra recomendou-lhe uma Terapia. Ele já tinha ficado assustado com os defeitos que o médico lhe apontara e ao começar a terapia, fez só três viagens, pois descobrira que o médico apontara tantos outros problemas que nem ele sabia ter, que desistiu do tratamento e não aceita ser tratado por esta profissão. Com o senhor senti amizade e achei que consegui um amigo.”

Disse-lhe que se eu assim não agisse, como iria conseguir que ela descobrisse a causa de seus probleminhas.

Ao sair ganhei um abraço e um par de beijos, que sem exibicionismo, recebo de monte.

A verdade, Carlos, é: quão superior eu posso ser, se identifico problemas, que ainda terei que resolver. Quantas vezes ocorreram, quando eu estava fazendo outra tarefa (tenho várias além da psiquiatria), quando de repente um problema não resolvido ressurge e eu me sinto encorajado de procurar a solução para ele.

Creia-me, estou sendo sincero e honesto: “O erro é o começo do acerto”! Tente olhar para si, veja o que lhe incomoda, como surgiu, qual sua visão do fato inicial, com quem estava, é pessoa simpática, se é sua amiga, criticou-a, ou apontou algo que não aceita?

Tente ver sua infância, não jogue culpa na educação, tente compreender como eram criados os seus pais e amigos, ame seu par, crie seus filhos sem broncas, fazendo-os verem como deve ser analisado o acontecimento. Beije-os sempre e mostre se você também quer saber, como se resolverá tudo.

Nada de problemas insolúveis... Acredite!

Abraços

E-mail: drmarcioconsigo@uol.com.br