Rosa Maria Jaques

Como não se interessar por alguém que diz ser “Caça-Fantasmas”? Assim foi que cheguei até os vídeos de Rosa Maria Jaques e seu esposo, sendo ela a sensitiva e ele, digamos, o suporte técnico.

A dupla vai por aí, em cemitérios, lugares assombrados ou aparentemente carregados espiritualmente, e, através de uma série de aparelhos, mas, sobretudo, pela alegada capacidade paranormal de Rosa, consegue provar a comunicação com os mortos – ou, pelo menos, faz acreditar que ela existe.

Assisti a alguns vídeos com a dupla em ação e acho que, de duas, uma: ou é a coisa mais impressionante que já testemunhamos ou é a coisa mais absurda que já fomos capazes de imaginar.

Por enquanto, no entanto, na incapacidade de chegar a uma conclusão a respeito, tudo o que posso afirmar é que coisas estranhas acontecem com ela.

Não estou convencido de que tudo o que ela diz ouvir seja de fato um espírito falando com ela.

Ao tentar reproduzir o que o espírito está dizendo para que os familiares consigam identificá-lo, pareceu-me, muitas vezes, que esse espírito não usa nunca o argumento decisivo que provará ser quem diz ser.

Por outro lado, são invocadas características do suposto morto que a própria família não reconhece totalmente – são, pelo menos, características que a família não usaria para descrevê-lo. Acho que a comunicação, se é que existe, com o lado de lá não é tão clara quanto se dá a entender.

Em todo caso, parece haver, de fato, alguns fenômenos notáveis envolvendo a dupla, que causam alguma impressão, e ainda sob esse efeito eu resolvi procurar algumas críticas à dupla – sim, críticas, afinal, se estou interessado em saber a verdade, ou ao menos em me aproximar ao máximo possível dela, tenho que colocar tudo à prova.

Achei algumas coisas, mas o que mais me surpreendeu foi que as críticas eram prontamente respondidas pelos admiradores de Rosa, e respondidas com a mesma raiva e indignação que respondemos quando alguém põe a nossa fé em cheque.

No fim das contas, era somente isso que faziam: defender a fé e mostrar que ela é imune a criticas.

Quem acha que a sua fé não tem contradições, por certo, não busca a Verdade.