Ao meu eu lirico

"lado esquerdo minhas dores... meu direito, meus amores..."

À voz da raiva que liberta, assume forma e desperta o que guardo em mim, mas faz-me esquecer quem sou.

À voz do medo que revela o pior do mundo de maneira cruel causando-me a insegurança de seguir esses passos.

À voz que debocha; essas palavras que escuto lá fora não são suficientes, resta-me a ti para crescer esse vazio em mim.

À dúvida que mostra as mentiras que me cercam, mesmo quando dizem-me não estarem mentindo.

À ti me olhando pelo espelho, que torna meu dia-a-dia uma luta constante nos momentos de fome.

Ao flerte do suicídio e todos os planos que faço com isso.

À voz confusa que não sabe me dizer se isso é real ou mais uma das fantasias em que crio.

À consciente que guia os caminhos certos, embora me pareçam tão poucos.

: sou um fantoche de não sei quem ou o que.

P Silveira
Enviado por P Silveira em 03/10/2017
Código do texto: T6131964
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