A Velhice e a Memória

Assim dando continuidade as colunas sobre a família materna em especial figura generosa do avô Zé que marca nossas vidas com suas estórias e sua presença vibrante.

Vibrante presença mediante nossas vívidas lembranças que reforçam essa ideia original bem atual acerca de nossas vidas, portante sua velhice resume toda sua vida.

E vô Zé sempre está presente estórias e contos á seu respeito de forma concreta exata por filhos e netos que sempre recuperam sua vida e suas lembranças.

Legalmente isso só pode acontecer mediante o uso excessivo da memória em um processo de reconstrução permanente que existe de acordo com nossas necessidades.

Há sempre 'um passado que sempre volta' de acordo com o ponto de vista do escritor Ondijaki, na verdade á respeito do ancião Zé essa memória é recuperada conforme a precisão e a descrição de fatos particulares .

Indica também a clareza da polifonia da existência do ancião em detalhes bem reconstruídos e firmes nos detalhes preexistentes no passado.

Cada evento ou fato deve ser registrado em separado no espiral do existir e devir do destino, essa existência em espiral releva o nosso existir de alguma forma.

E a velhice acalenta de forma evasiva registra com clareza o devir de cada pessoa , em especialmente o ancião de forma responsiva e exata conforme falado na primeira coluna sobre o ancião Zé Salvino detalhadamente e com uma enorme polifonia de vida.

A cada fato que ocorre em nossa existência, prezado leitor afina ou desafina essa polifonia com as notas graves ou agudas , no caso do ancião em apreço, essa memória tem uma enorme funcionalidade no contexto familiar.

Mediante a sinfonia que é extraída dessa polifonia é possível dimensionar o quesito valorativo da existência de uma pessoa, ao dar esse posicionamento moral, isso nos faculta a uma releitura da vida de uma pessoa numa sociedade onde os valores foram derretidos pelo calor das mudanças estruturais.

E cada releitura recebe assim um conflito de interpretações conforme pensa o filósofo-teólogo Paul Ricoeur ao analisar suas obras Tempo e Narrativa o trabalho de Agostinho e Aristóteles.

Mas retornando ao ancião supracitado ,a escrita ensaística de Ricoeur aponta para a relevância isonômica da memória com a fonte de narrativas.

O olhar investigativo do filósofo atenua os inúmeros de uma narrativa semelhante as confissões , e ao mesmo tempo efetiva claras mudanças em seu texto e contexto.

Realmente a polifônica vida do ancião somente resistiu as desventuras das memórias familiares conforme as necessidades pedirem seu retorno de forma clássica.

Isso revela que a figura importante desse patriarca apenas recupera momentos relevantes da vida mediante a importância ele concedida pelos seus familiares.

Assim isso importa aumentar seu espaço no devido tempo, conforme pensa o escritor Ondijaki esse 'passado sempre volta' a fazer parte do presente e dar pitacos enormes sobre o futuro que ainda não existe, a presença do ancião é demarcada pela memória.

JessePensador
Enviado por JessePensador em 23/09/2017
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