Teorias do pensamento filosófico.

O pensamento humano, desde os primórdios da humanidade, no incalculável preciso do início de tudo, tem se mostrado como o grande fascínio do próprio homem. O pensamento humano, no decorrer dos dias, das décadas, dos milênios, vem se expandindo cada vez mais. O pensamento humano tem essa característica muito particular de buscar o aperfeiçoamento, de buscar novos horizontes, de desbravar novas áreas, de caminhar em novas estradas. Somos assim sem percebermos, e o fazemos sem notá-lo. O pensamento dos primeiros homens estava condicionado ao ambiente em que ele estava inserido, mas o próprio homem não havia percebido a grandeza de seus próprios pensamentos, e nem a ambição desses pensamentos. Mas aos poucos, ao descortinar de seus olhos, de sua profunda e silenciosa observação. O homem percebe que existe algo a mais, existem cortinas na tela do pensamento que serão reveladas e descortinadas. A princípio, o homem não havia percebido a si próprio, e nem ao que estava ao seu redor, mas bastou abrir-lhe os olhos, e o descortinar do pensamento o envolveu em novas situações que somente daquele ponte adiante fora percebido. E um conceito de pensamento foi estabelecido.

Este novo conceito de pensamento, tem a sua fagulha nos preestabelecidos sistemas que a própria mente criou. O homem que no jardim do Éden não conhecia a morte e a corrupção, agora não só passa a conhecer, como também, vai passar a ser subjugado por ela durante toda a sua existência. Doravante, toda a sua descendência, é estabelecida com este pensamento de existência finita. Onde, em um determinado momento da vida, a mesma vida pulsante, deixará de existir. O homem moderno, assim como o homem antigo, tenta de todas as formas retomar a sua condição inicial. Onde sua consciência não havia ainda conhecido ainda a morte. O fato de que morrer, faz parte da vida, em um ponto de mudança de um estado de conhecimento existencial para outro não existencial, isso o deixou apavorado. Portanto, durante o primeiro momento da vida, todos os viventes lutam e buscam formas de não se tornarem ausentes. O pensamento humano conheceria o fim de tudo, o seu próprio fim, conheceria esta nova informação, e que uma vez ausente, nunca mais tornaremos presente. Logo, a mente e o pensamento, inicia uma busca pelo aperfeiçoamento, de modo que ausente de si mesmo, o monstro é a própria morte.

O pensamento evoluiu com o passar do tempo, o homem passou a ter a noção do próprio tempo e espaço. Percebe-se então, que este novo ser, uma vez fora do paraíso, busca o seu sustento, a sua existência, agora limitada, e acompanhada por um fantasma invisível, mas presente, chamado de morte. O homem na sua busca, em seu conhecimento e livre arbítrio, começa a descobrir um novo mundo que vai muito que cresce a cada dia. A natureza lhe oferece o sustento, entretanto, para obter as dádivas da mãe natureza ele passa a executar a sentença divina imposta quando ainda estava no paraíso, o criador lhe diz: " Do suor do teu rosto viverás." Quanto a mulher, outra sentença lhe é dada, o criador lhe diz: " As dores do teu parto serão multiplicada. " É um novo mundo, com novas regras, vislumbrado por uma nova perspectiva. A aurora da raça humana parte desse novo conceito e pensamento, agora limitado a breve existência corpórea humana. A idade do homem avança, seu corpo evolui para depois definhar. Assim é para os que vieram da semente de Adão. Nascemos, crescemos, e depois morremos.

A humanidade cumpre com o seu chamado de crescer e multiplicar-se, de apenas dois no paraíso, para cidades e mais cidades séculos depois. O pensamento humano, na sua eterna busca pelo conhecimento, agora entra por caminhos estranhos, busca novas formas de alcançar o que havia se perdido no início de tudo. O novo homem, busca pelo velho homem, ou talvez seja o contrário, este velho homem dos tempos modernos, é que busca pelo novo homem que havia no paraíso. Todavia, o pensamento, percebe que mesmo evoluindo, a sua escala é decrescente na qualidade de homem superior. Agora ele é capaz de fazer guerras, armas, matar da mesma forma que matou no início. Todas as mortes são na verdade uma reprodução do que Caim fez com Abel, a mesma crueldade premeditada, pensada, calculada, e por fim, executada. A coisa toda teve início no âmbito do pensamento, somente depois veio a se concretizar. Todas as nossas ações, na verdade são a realização do que já foi feito no pensamento. Sejam coisa boas, ou sejam coisas ruins. O pensamento busca maneiras de expandir-se, mas sua evolução é inversa, não deixa de ser grandiosa, mas na maioria dos indivíduos ela não é progressiva, e regressiva.

Todos nós, de uma certa forma, buscamos a aurora da consciência, do saber, do nosso potencial, mas as vezes não alcançamos o nosso objetivo. Muitos alcançam, não por serem iluminados, ou privilegiados, nada disso; muitos alcançam por esforço e dedicação. Embora eu reconheça que certos dons nascem com a pessoa, mas o desenvolvimento desses dons é crucial para o seu alvorecer, o seu amadurecimento. Como já foi dito, o livre arbítrio também se aplica ao pensamento, e, o homem já provou por inúmeras ocasiões, que não sabe usufruir do livre arbítrio, do potencial que existe em si mesmo, em seus pensamentos, em seu intelecto. A humanidade cresceu assustadoramente, desumanizou-se com o decorrer dos anos. Não somos quem deveríamos de ser, mas nos tornamos em quem não poderíamos ser. E tudo se deve, a ambição de querer a eternidade novamente, verdade seja dita, o homem busca o conhecimento para poder a partir dele, obter vida eterna, não envelhecer, não ficar doente, e, nunca se deparar com o fantasma de seus primórdios, a morte.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 09/08/2017
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