foz do iguaçu ou cataratas do niágara?

bom amiguinhos, vocês sabem que sou bem desengonçado, trapalhão e até confuso.

a historinha que lhes contarei aconteceu logo cedo.

início do dia, acordei bem cedo para acompanhar meu pai em consulta médica.

hoje também seria a instalação do número de telefone fixo.

na expectativa de se confrontarem os horários dos distintos acontecimentos, acordei muito cedo.

fui na saúde da família para marcar meu pai como o primeiro atendimento.

estava rolando a coleta de sangue.

foz do iguaçu ou cataratas do niágara? pães e liguei para meu pai.

já tinha saído de casa e corri para alcançá-lo (meu pai dá uns perdidos nervosos).

chegando lá fiquei esperando o horário do médico chegar com ele.

como sua consulta fora marcada pela dona maria josé, onde meu pai fica e ela também passaria em consulta achei por bem não ficar poderia atrapalhar a consulta dela.

fui para casa lavar a louça e me preparar para ir trabalhar.num determinado momento toca a campainha (pensei oba! o telefone).

- bom dia! paulo posso ir na sua casa fechar o registro da água? preciso trocar a torneira da casa de baixo.

- por favor! fique à vontade.

pego a escadinha de quatro degraus, que não dá conta de nada ;(o ideal é a de seis).e se mexe num registro de três.

a caixa alimenta a casa abaixo.

depois de um tempo volta, mexe no registro novamente e se vai.

estava indo tomar banho e nada de telefone.

fui me preparar para tomar banho.

mas antes ao tentar usar a toneira da pia da cozinha (filete de água).

fui ao banheiro ver a torneira da pia, chuveiro e pouca água.

desesperei... não pode ser justamente na hora do banho.

mexi nos registros para ver se a água restabelecia e nada (a diferença era mínima).

fui atrás para saber o que poderia ser.

na olharam o registro externo, pareceu estar fechado segundo o pessoal que controla este registro.

voltei para casa e nada de considerável.

mexi nos registros à fim de perceber a diferença na saída de água, nada...

já estava começando a me preparar para o saboó para tomar banho lá, escuto o barulho de cascatas fortes de água contínuas.

não me dou conta do barulho, distraído como sempre sou.

ao sair do quarto escuto um grito: "paulo o que está acontecendo da casa vizinha."

a cozinha submersa, na porta de entrada uma cascata de água grossa contínua.

saio na escada externa e olho pro quintal vizinho de trás, outras cascatas jorrando muita água.

entro no banheiro mais cascatas e águas escorrendo à cântaros

pelas paredes de entrada.

'-minha nossa senhora!" - exclamo.

"seu fulano me ajude!" - grito desesperado sem saber o que fazer.

patino pelo chão de casa.

e água domina a cozinha quase por inteiro, já começa qerer ir por quarto.

mexo nos registros tentando minar a água, descontrolo. já não sabia a posição das vávulas antes, agora menos ainda.

o pior, qual delas era responsável para estancar tal sangria desatada.

passo em direção a porta de entrada, a água que cai não está tão gelada, até deu vontade de ficar debaixo dela e aproveitar a cachoeira particular.

olhei pro chão e pensei que se jogasse sabão em pó, adiantaria a faxina e aproveitaria a abundância de água para dar uma boa esfregada em tudo (essa benedita não poderia ter pior momento para se manifestar em minha mente).

logo chega o socorro, já havia descido da escada absurdado e venho sair por todos os cantos imagináveis da caixa d'água dentro de casa uma fartura de água.

tava lindo de ver.

o barulho de água acho que quem passava pela estrada ao lado (a anchieta escutava) e devia procurar onde estaria naquele lugar a foz do iguaçu ou as cataratas do niágara, sem entender direito nada.

ali só haviam casinhas ao lado do início da ponte do rio casqueiro.

seja como for muitos pensamentos ocorreram em minha mente.

queria água, água tinha aos montes.

podia escolher onde lavar os últimos talheres sujos e tomar um delicioso banho, que como disse ao me molhar deu vontade de ficar ali debaixo por muito tempo.

meu salvador sobe, mexe nos registros e me diz:

"- este registro deve ficar assim, não mexa de jeito nenhum, pois a pressão da água é muito forte e transborda a caixa e acaba alagando sua casa inteira, sem contar que pode quebrar a bóia."

muita vergonha, mas só queria tomar um banho inocentemente.

ah! como disse a água da caixa alimenta a casa de baixo.

meu vizinho que dormia que teve que ser acordado para a troca da sua torneira da pia, foi acordado novamente, precisava deixar a água escorrer um pouco pela torneira, a fim de não termos a bóia quebrada.

as lindas cascatas pararam.

os telhados da varanda do vizinho pararam de receber a imensidão de água.

puxei com o rodo um oceano, patinei inúmeras vezes e pensei que em alguns daqueles movimentos iria a nocaute direto pro chão.

quanto mais puxava a água, mais água parecia brotar.

estava passando da minha hora e quando estava em condições de deixar de puxar a água (isto não quer dizer que ainda não existia bastante pelo chão ainda), fui ao chuveiro e este agora funcionava maravilhosa e misteriosamente.

devo ter pensando ou pronunciado qualquer um dos palavrões propícios para um momento como este, peguei minha toalhinha preta que tanto amo e fui ao banho tropeçando.

peguei minha bolsa com tudo querendo cair em meio as águas reminiscentes.

coloquei tudo na bancada, que havia outras tantas outras coisas e fios elétricos do celular e de outros aparelhos,sem contar a extensão.

graças à DEUS respeitei a intuição de deixar tudo sobre esta mesma bancada bem cedo assim que os liguei: "não quero fios pelo chão ou dependurados, pensei." - estes ficaram num dos banquinhos de madeira de casa.

a cascata agora menor e esperada desde o início me banhava com a fartura de água nunca vista antes.

este banho seria perfeitamente curtido, se já não fosse tão tarde e tivésse que pensar na minha volta do serviço.

um medo de deixar a casa e ficar tudo para trás e encher novamente sozinha.

pensei! não tenho submarino.

pela escadaria a água que havia empurrado com o rodo já estava vencendo o portão e indo para a rua.

peguei as coisas, guardei o que ficaria no quarto, outras pus na minha bolsa tiracolo e fui ao trabalho.

consegui pegar o ônibus no final.

ah! e o telefone nada de ninguém da vivo pela manhã como agendado (e nem pelo resto do dia, como disse minha vizinha vitimizada por tanta água em seu quintal).

no mais foi lindo de ver a força das águas.

acho e a sabesp vai adorar mais ainda (ou não, já que preconiza a economia).

jo santo

zilá

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 26/07/2017
Código do texto: T6065063
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