amor a me circundar.

continuo a minha caminhada sozinho.

engraçado experimentar isso por tantos anos.

é tão familiar como me alimentar.

é tão simples como respirar.

mas sufoco-me com minha solidão.

mesmo estando por momentos ao meu lado, sei que segue seu caminho acompanhado.

eu já vou para outro lado sozinho.

às vezes cruzo o caminho dos meus familiares, dos meus amigos, dos companheiros do trabalho, dos amigos da escola.

mas a certeza é seguir só.

acho que não sei andar acompanhado como os amantes.

como é que faz ser namorado, amante, companheiro, compartilhando os dias?

definitivamente não sei fazer isto.

talvez por covardia. talvez por sigilo excessivo.

talvez por não querer deter a ninguém.

talvez por querer me infligir uma penitência, sei lá!?

o fato que sigo só, vendo tantas cenas ao meu lado.

acompanhando tantas histórias como fazem as fadas-madrinhas.

há tanto amor para elas, mas de forma distante, num imaginário.

acho que é este meu lugar-amor: o imaginário.

talvez lá o amor seja abundante, e não esteja só, a tanto amor a me circundar.

jo santo

zilá

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 24/07/2017
Código do texto: T6063927
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