Monólogo desajeitado sobre a vida que passou e deixou falsas sensações.

Num instante estou na casa em que cresci. Uma delas pelo menos.

Deitado na cama que um dia minha mãe deitou e sonhou eu agora (demasiadamente) sonho também. Ela não realizou o sonho dela e eu pensava que também não realizaria o meu. De fato acredito que ela nem tivesse sonhos e se tivesse algum eles seriam sonhos simplórios do tipo que as pessoas pobres de espírito. Eu gosto de pensar que ela era genial mas eu sei que não era. Talvez eu seja como ela(foi). Dado a metafísica. Possuidor de pouca genialidade ou habilidade de demonstrar o que sente. Lembro como se fosse agora uma das minhas atividades prediletas. Deitar na cama pela manhã e assistir as partículas de poeira deslizando sobre os raios de sol e imaginar se sobrou algo do jantar do dia anterior para tomar café.

A vida tem dessas coisas. A gente se acostuma e até sente falta (A saudade passa logo).

Rafael Noles Delacroix
Enviado por Rafael Noles Delacroix em 13/06/2017
Reeditado em 27/06/2018
Código do texto: T6026123
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