HYGGE
 
Hygge (pronuncia-se huga) é uma palavra dinamarquesa que não tem tradução na nossa língua. Ela pode significar um estilo de vida no qual as pessoas são respeitadas, pois há boas condições de vida e de saúde, e também consciência política, tanto do povo quanto dos políticos, o que implica solidariedade e compreensão aos demais. Todos sabemos que a Dinamarca é um dos países com melhores índices de desenvolvimento no mundo todo, onde as pessoas são mais felizes e têm condições de vida excelentes; tudo isso simboliza o estilo Hygge de viver.

Segundo Mikkel Larsen, de 42 anos, do departamento de comunicação da embaixada da Dinamarca em Madrid, à Verne, “É difícil encontrar uma palavra; seria uma entre bem-estar, estar numa situação em que te sentes confortável, relaxado e livre”

Pelo que encontrei em vários sites sobre o assunto, concluí que Hygge é um conceito que inclui também o despojamento do Wabi-sabi chinês, que passa pela aceitação da transitoriedade de tudo o que existe, valorizando as coisas antigas e até mesmo, defeituosas ou quebradas. Segundo a Wikipedia, Wabi-sabi “Refere-se ao viver uma vida comum com o despojamento, com a insuficiência ou com a imperfeição, e está relacionado às doutrinas de desapego do Zen budismo. Estes conceitos estão representados na produção artística através do rústico, do imperfeito, do monocromático e do aspecto natural. Através de wabi e sabi é possível o alcance do vazio da mente que traz tranquilidade. wabi significa "quietude" e sabi "simplicidade", e expressam-se através da querença que os japoneses possuem por simplicidade e subtileza.

Comparando os dois – Hygge e Wabi-sabi – consegui encontrar pontos em comum, pois ambos primam pela simplicidade e a solidariedade, valorizando coisas como a vivência caseira e acolhedora, as reuniões entre amigos em volta da lareira, as conversas amenas ou um churrasco para poucas pessoas.




Algumas coisas que são consideradas Higgye, de acordo com o livro “The Little Book of Hygge: The Danish Way to Live Well”, de Meik Wiking:
 
-Luz de velas
-A lareira acesa, e seu crepitar
-Boa música, suave e agradável aos ouvidos
-Aconchego caseiro, ambientes agradáveis e simples
-almofadas, mantas, o inverno, o frio em si
-Elementos naturais na decoração (madeira, plantas, cerâmica)
-Um bom vinho
-Roupas escuras – principalmente, pretas – e cachecóis
 
Descobri que sou Hygge. Adoro o frio, adoro luz de velas e iluminação indireta, adoro vinhos, reuniões caseiras com poucos amigos, coisas que não são novinhas em folha, ambientes aconchegantes e simples.

O inverno está chegando. Não existe uma época melhor para sermos Hygge!


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 09/05/2017
Reeditado em 09/05/2017
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