OS SÁBIOS E OS FARSANTES DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Uma pessoa extremamente religiosa, aquela que acredita cegamente “numa verdade inquebrantável”, é movida por dogmas inquestionáveis (a tal ponto que chega a ser intolerante com quem não compartilha de seus frenesis e de suas crises); um filósofo, com a finalidade de justificar uma ideologia nociva e cruel, é movido por conceitos intermináveis e sem sentido (capaz até levá-lo a um pensamento conservador e reacionário ).E quanto ao cientista que tem a intenção de fazer de sua própria teoria um instrumento de ideologia sangrenta, está alicerçado por explicações cuja intenção é justificar atos de desonestidade, injustiça e maldade. E, seguindo nessa linha, há também artistas que produzem suas obras com a única finalidade de bajularem poderosos e líderes corruptos (tais obras produzidas são na maior parte das vezes incapazes de servirem como legados perenes, pois foram produzidas apenas para se obter status e fama momentâneos...).

Em contrapartida, há homens simples de Deus que vivem da fé como forma de se aproximarem da misericórdia e do amor que emana de seu salvador (essas pessoas ao invés de julgarem o próximo, fazem questão de viverem da caridade e da compaixão, de tal modo que mantêm uma relação mais profunda com o Divino). Tais pessoas, irradiando virtude de seu ser, vivem como verdadeiros anjos na terra ao manifestarem grande amor ao seu semelhante, como se fossem uma extensão de si mesmas!).

Também há filósofos que encontram no engajamento de grandes causas uma forma de dar uma grande contribuição à humanidade (além de textos escritos e problematizados com grande sinceridade, textos esses enriquecidos por um rigor estritamente filosófico, são capazes de usarem seu nome em defesa de grandes causas onde há minorias vitimadas pelo descaso; ou mesmo, usam seu talento para o benefício da humanidade através da revolução no seu modo de pensar e discorrer sobre os mais diversos assuntos).

Por outro lado, há cientistas que trazem à humanidade verdadeiras descobertas impulsionadas por um método genial (capazes de mudar o curso da história para melhor, mas tudo isso porque não fizeram da ciência um dogma e sim um instrumento de libertação.Souberam inclusive passear pelas mais diversas ciências, aperfeiçoando cada uma delas!). E por fim, há artistas autênticos que são movidos pela inspiração e pelo arrebatamento do momento, uma vez que tem na sensibilidade e na intuição grande aliados na hora de dar vida às suas obras (são artistas como esses, os únicos que exprimem verdadeiramente a situação do mundo, pois se lançam de corpo inteiro nas contingências do mesmo para obterem a inspiração que precisam, e se for preciso descer aos labirintos da condição humana, não hesitam até viver se possível todos os sofrimentos que a humanidade passa!).

Enfim, em todas as áreas que dão ao homem uma luz de conhecimento sobre a sua condição e a sua situação no mundo, tem os seus grandes farsantes, movidos obsessivamente pelo sucesso imerecido; e também aqueles que são providos de autenticidade e liberdade criativa. Sem dúvidas, existem aqueles que se prostituem por interesses mercantis e, por outro lado, temos também aqueles que não venderam sua liberdade, homens geniais que conseguiram fazer profundas descobertas, de tal modo que poucas pessoas conseguem fazer. Estes últimos, portanto, são lanternas capazes de iluminar na escuridão que o mundo a muito tempo entrou; servem, portanto, como inspiração para as demais pessoas, na medida em que são sempre imprescindíveis para o enriquecimento cultural e, também, para o aperfeiçoamento intelectual dos homens de uma nação.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 22/03/2017
Reeditado em 15/09/2017
Código do texto: T5948758
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