A LUZ QUE NOS SALVA DO ABISMO DA DESESPERANÇA

Há pessoas que, mesmo estando livres do espaço físico a que chamamos de prisão, ou, mesmo, das algemas a impedir uma chance maior de fuga, permanecem ainda numa condição de prisioneiros ao permitirem, de forma  um tanto negligente consigo mesmas, que tanto o ódio e o ressentimento, quanto a mesquinhez, a vingança e a inveja, petrifiquem os seus corações, além, é claro, de envenenar os seus corações com falsos ensinamentos.

Pois quanto mais somos dominados pelo peso esmagador desses sentimentos que vão contra a possibilidade de uma vida mais saudável e autêntica, cada vez menos conseguiremos fazer uma experiência plena da liberdade e de sentirmos uma leveza que possa banhar nosso ser.

Em cada um de nós há, como dizia Jung, um lado obscuro que temos dificuldade em perceber e a partir daí trabalharmos; mas aquele que busca trazer à luz de sua consciência suas próprias deformidades, contradições e vícios, a fim de vencê-los com grande persistência, consegue, com grande chance de sentir os ventos favoráveis da mudança, vislumbrar a liberdade contra aquilo que nos aprisiona com mãos de ferro.

Sem dúvida, ter essa atitude frente aos outros, frente a si mesmo e diante de Deus, exige grande humildade para reconhecermos nossa fragilidade e imperfeição, porquanto temos o mérito para percebermos a face mais sombria desses males que nos assolam.

Sempre estamos vulneráveis as mentiras e as ilusões que desfilam no mundo, mas se buscarmos uma candeia em meio as trevas em que vivemos (as trevas que nos aproxima dos grandes desfiladeiros e dos abismos mais inóspitos), ao menos poderemos em algum momento de nossa jornada clarear nossos caminhos com esse luzeiro espiritual irradiado por Deus em nossos frágeis corações, a fim de encontrarmos uma saída misteriosa que irá nos salvar. Em meio as trevas em que vivemos, sempre há uma tênue luz que nos salva, bem como uma grande força que infla nossos corações como forma de encontrarmos a verdade que possa nos libertar da escuridão da desesperança. 

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 28/02/2017
Reeditado em 28/02/2017
Código do texto: T5926688
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